>> i-Slave & imperialismo no DNA: Alemanha quer Zona Econômica Especial na Grécia com fábricas em estilo chinês, por Debora Billi + E Portugal, como se está preparando para receber N. Sra. da Austeridade?


i-Slave & imperialismo no DNA: “Alemanha quer Zona Econômica Especial na Grécia com fábricas em estilo chinês

Por Debora Billi

Fonte: crisis.blogosfere.it de 19/10/2012
Tradução: Mario S. Mieli



Foto – Photopin

O horror se aproxima da Grécia: A Alemanha quer a Zona Econômica Especial: trabalho escravo. A favor das indústrias e gerentes alemães.

Alguém lembrará de “No Logo”, o livro da Naomi Klein que revelou ao mundo a realidade da globalização, já fazem 12 anos. Ela descobria e explorava as “Zonas Econômicas Especiais” chinesas, indochinesas, filipinas, aquelas fábricas monstras onde trabalhadores escravizados produzem por poucos centavos produtos de marca destinados ao mercado ocidental. Hoje ainda fazem escândalo, como no caso Foxconn iPhone.

Cassandras e profetas da desventura prognosticaram por muito tempo um futuro análogo para os países ocidentais, notando um plano preciso nesse sentido, seja através de uma crise financeira de alguma forma administrada pela necessidade, como no caso de um euro estrangulador. Agora chegamos nesse ponto: a Alemanha pede à Grécia de se tornar uma Zona Econômica Especial dentro da Europa, para ser colonizada pelas indústrias nórdicas e, cúmulo do insulto, empregar como dirigentes e funcionários trabalhadores alemães.


Latuff

Em primeiro lugar, as fontes: via Voci della Germania (Vozes da Alemanha), com fonte original no Der Spiegel:

Os interessados alemães serão favorecidos através da criação de zonas econômicas especiais por parte do governo grego, algo que faz tempo que o mundo econômico alemão está pedindo. Segundo os planos atuais, as empresas receberão facilitações fiscais – onde possível, até uma imposição de 0% – além disso, estão previstas subvenções. (…) Não só algumas zonas da economia grega, mas o inteiro país deveria se tornar uma espécie de zona econômica especial dentro da zona do Euro”. A gestão da “zona econômica especial grega” deveria ser realizada “com pessoal estrangeiro da UE”.

E os gregos? Mas que pergunta: serão simplesmente a mão-de-obra escrava, como os chineses. Por outro lado, agora que estão reduzidos à fome, acolherão com júbilo a possibilidade de trabalhar 12 horas por dia por 300 ou 400 euros por mês. ‘Melhor que nada’, argumentam com frequência certos perdedores italianos, já prontos à mesma sorte.

Agora, não sei se tudo isso ocorrerá mesmo, no final das contas. Parece-me francamente impossível, como um pesadelo em câmara lenta, que se dirige a uma conclusão sempre temida, mas na qual nunca se acreditou de verdade. Cabe-me pensar que Arbeit Macht Frei nunca tenha passado de moda, de que tenha sido só uma faz de conta parecer ter desbotado aquele horror em branco-e-preto. Ou, mais simplesmente, que existem países com o imperialismo no DNA, que não conseguem nunca perder o vício; é mais forte que eles.

Um destino manifesto, em poucas palavras, como o chamam aqueles outros que disso são muito bons entendedores.


Latuff

E PORTUGAL, COMO SE ESTÁ PREPARANDO PARA RECEBER NOSSA SENHORA DA AUSTERIDADE?





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