PoeMário Vasculhado–BEBERIMBAUD, poem’eu de be-rimbau-d e “A eternidade” reencontrada de Rimbaud

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A ETERNIDADE
ARTHUR RIMBAUD

Ela foi reencontrada. O que? A eternidade.
É o mar que foi fundir-se com o sol.
Vai, minh’alma, eterna sentinela,
cumpre tua promessa e murmuremos juntos a confissão,
apesar da noite
tão nula e só
e do dia em chamas.

De tuas humanas amarras e teus tão vãos anseios
desapega, desprende-te e voa conforme…

Porque somente de vós,
brasas de cetim,
o Dever e vosso ardor exalam
sem que se diga: finalmente…

Lá, nenhum amanhã, nenhuma esperança, nada que desponte.
Ciência com paciência,
o suplício é certo.

Ela foi reencontrada. O que? A eternidade.
É o mar que foi fundir-se com o sol.

Tradução: Mario S. Mieli*

*Mais que uma tradução, esta é uma tradução interpretativa em que procurei levar em conta as três versões originais diferentes que existem do poema.

Duas video-interpretações do poema:

Rimbaud L’eternité – L’Eternità (français- italiano)

Rimbaud L’éternité video by A. Celletti

De BeRimbauds:

Baden Powell – Tempo de amor (samba do veloso)

Berimbau africano

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