Desde a sua primeira experiência on-line, em 1997, quando articulou-se a uma rede internacional que divulgava informações sobre Timor Leste — em luta pela sua autodeterminação — a Agência procurou no termo “IMEDIATA” o seu sentido mais literal. Aquele que considera a informação uma experiência direta, sem intermediários, qualitativa, transformadora e solidária.

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Mais do que formatar uma dada realidade e entregá-la imediatamente a um consumidor ávido por informações, os agenciamentos digitais indicam que a informação não é só o que forma (o dado bruto embalado para viagem), mas o que transforma, modifica, desestabiliza, potencializa, altera e alterna.

Alternar aqui significa experimentar uma diversidade baseada na relação entre os vários níveis de realidade, como o presente e o passado; o concreto e o abstrato; a ficção e a realidade; a arte e a comunicação.

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Contra a tática do reducionismo cultural, econômico e social, que atingiu o ciberespaço com a bandeira do “não existe vida inteligente fora da internet”, sugerimos um contraponto radical, baseado num mergulho nas relações entre o mundo atual e o mundo virtual.

Apostamos numa aproximação entre o dado técnico e a nossa experiência cultural (imediata), até para poder compreender como o homem, inventor e organizador de objetos técnicos, foi capaz de erigir uma cibercultura.

Diante da automação da percepção, causada pela repetição mecânica dos mesmos movimentos e da forma condicionada de olharmos para um mundo onde tudo está superexposto, a saída é transformar a repetição — que reduz, domina e escraviza — em diferença.

Como dizia o antropólogo Gregory Bateson, a informação é a diferença que faz a diferença. É a esse diferencial que chamamos de inversão do fluxo de informação.

Convidamos o internauta a participar da experiência.