EURO(PA): “UM SUPER GOLPE PARA UM ULTRA ESTADO” + “GOD SAVE THE QUEEN, MAS E A HUMANIDADE?” (trechos de artigos de Moreno Pasquinelli e Julian Rose) + Singela Vídeo-profanação
Por Moreno Pasquinelli, trechos de seu artigo (no original italiano): “Depois da Espanha, a Itália – O tsunami está chegando”. Artigo integral no original italiano, aqui:
http://sollevazione.blogspot.it/2012/06/dopo-la-spagna-litalia.html
Traduções: Mario S. Mieli
Théodore Géricault, A BALSA DA MEDUSA, Museu do Louvre, Paris
“O momento é dramático. Os eurocratas não desistem. Com a meta de salvar o euro, e com o euro, a ditadura deles, depois que faliram todos os cartuchos, têm em mente usar a última arma letal que têm à disposição: enterrar as nações, expropriar os povos de qualquer residual soberania, para fundar um superestado imperial comandado pela aristocracia financeira e parasitária.
Os resgates trazem agouro aos países que o recebem. Foi demonstrado não só na Grécia, mas também na Irlanda e em Portugal que, depois das “ajudas” europeias, tiveram uma paralisação da economia, aumento do desemprego, crescimento do déficit e da dívida privados e públicos. Este resgate oferecido à Espanha não será exceção.”
[…]
“Modificar a constituição de cada País para ceder a soberania nacional e adquirir soberania europeia sigilada por uma nova carta constitucional”
“É isso que pedem os “mercados”, leia-se a poderosíssima finança global. Isso é o que querem do outro lado do Atlântico (EUA). Agora sabemos que a China também o deseja. Que esse super estado possa se tornar, depois de amanhã, um problema geopolítico para as outras potências, veremos depois, hoje é preciso institui-lo, não tanto e não só para a salvação do euro, mas para salvar o barraco treme-treme do capitalismo internacional. Um super golpe para um ultra estado.
Não precisamos explicar por quais razões os povos, todos os povos, devem se opor a esta loucura imperialista. O que a União Europeia carrega no ventre é tão monstruoso que até mesmo as forças que hoje, em nome de um mal compreendido “europeísmo” defendem o euro, deverão mudar de opinião.
A pergunta é: será que os eurocratas conseguirão realizar esse passo antes que tudo desmorone? Conseguirão dobrar os “soberanismos” alemão e francês? As burguesias desses países aceitarão uma coabitação ‘more uxorio’ entre si e com as outras? Ceder eles também seu poder e transferi-lo para sempre para uma cúria supranacional?
Acreditamos que isso seja altamente improvável. Enquanto é quase impossível que consigam nesses brevíssimos tempos (alguns meses), em que consiste esse último ato do psicodrama do euro. Veremos o que conseguirá parir o vértice europeu de 28 de junho.
Entre os vários empurrões e contra-empurrões, ações e reações, a tendência objetiva mais forte continua sendo aquela que conduz à implosão da moeda única e, com ela, a união europeia. A este cenário, quem quer realmente mudar a ordem das coisas existente, deve se preparar, e começar indicando a alternativa.
Para ler o Esboço do Manifesto do Movimento Popular de Libertação (em italiano):
http://sollevazione.blogspot.it/2011/12/movimento-popolare-di-liberazione.html
Enquanto isso, na Euro(pa)cata Inglaterra, continuam as Jubilee Celebrations da rainha… Seguem trechos de artigo de Julian Rose:
God Save the Queen, But What About Humanity?
Artigo integral em inglês:
http://www.activistpost.com/2012/06/god-save-queen-but-what-about-humanity.html#more
Site do Julian Rose: http://www.changingcourseforlife.info/
“Num website respeitado apareceu a afirmação seguinte:
“Milhões de homens e mulheres no mundo inteiro perderam seus empregos, suas casas, sua dignidade, como resultado do grande roubo bancário. Quem protestou contra esse assalto foi preso. E a resposta da polícia aos protestos está se tornando cada vez mais militarista, enquanto aqueles que causaram o estrago se safaram e estão em plena liberdade.
O sistema está quebrado e a nossa resposta a essa crise será um teste de inteligência da nossa espécie…. A Europa está em queda livre econômica – e enquanto as celebrações do jubileu prosseguem, dia após dia e 80% dos britânicos defendem a monarquia.
Se o povo está tão ofuscado celebrando o 1% – por aquilo que ele vale – então que esperança tem a humanidade?”
[Depois de uma descrição detalhada do autor das celebrações do Jubileu na Inglaterra…]
“ O fato de que a família Real Britânica ainda seja o símbolo supremo de um tipo de estado de existência de contos de fadas, intocável e imperturbável com o tumulto de nosso planeta saqueado e violentado, é um testemunho de uma extraordinária máquina de Relações Públicas que funciona com precisão militar, nos bastidores da fachada real. Apenas a dose certa de exposição e não exposição: de moda e tradição, de pompa e ‘informalidade’; de proeza militar e ‘preocupação’ com o social. É um aparelho administrado e executado com perícia que instila nas pessoas um fascínio hipnótico, tornando a maioria incapaz de discernimento ou crítica.”
[Depois de uma descrição detalhada de como é considerada uma profanação não se reconhecer a magnificência do “British Empire”, apesar da humilhação da “perda das colônias”, dos conluios com a mais poderosa das ex-colônias para implantar a Nova (?) Ordem Mundial, do paralelo com o “Sonho Americano” – “bolhas virtuais para todos aqueles incapazes ou indesejosos de encarar a verdade sobre si mesmos, o sistema de controle desumano que faz funcionar o show e nossa cumplicidade insensata nesse pesadelo de controle mental” – e de antecipar a dose maciça de afrodisíacos que do Jubileu, passará para as Olimpíadas, com todo o sombrio aparato militar de controle em ação…]
“A eterna careta (da Rainha) que se faz passar por sorriso conta uma história… A tristeza que também acompanha a Rainha não difere da tristeza de seus súditos: ambos estão presos a um mundo que os ultrapassou. .. Mas sob a superfície, essa postura real guarda os epitáfios congelados dos ‘ganhadores e perdedores’. Os ganhadores sendo a riqueza, o privilégio e a classe. Totens aos falsos deuses que ainda exercem uma atração fatal profunda para aqueles que não conseguem honrar e cultivar suas próprias raízes divinas.
Enquanto poderes espirituais com os quais a humanidade está dotada continuarem subvertidos para fins materialistas, a mentira continuará sendo perpetuada e famílias reais, presidentes, primeiros ministros e pop stars continuarão desempenhando o papel que deles demandam seus súditos bajuladores e alter egos….
GOD SAVE THE QUEEN é simplesmente uma chamada para se defender o status quo, ad infinitum…. o fato de que cerca de 80% dos cidadãos britânicos defendam a monarquia e, portanto, acolham de bom grado sua condição de peões num jogo de poder antigo, leva à pergunta: “Que esperança para a humanidade?”
Epílogo: “A civilização, no sentido real do termo, consiste não na multiplicação, mas na deliberada e voluntária redução dos desejos.” (Mahatma Ghandi)
QUEEN ELIZABETH II. 60 ANOS EM 6 SEGUNDOS
