>> J. O. de Londres: 1. a medalha de ouro das cadeiras vazias; 2. Que tal a “cena” da bandeira olímpica, acabando nas mãos dos militares da Otan?; 3. George Galloway: militarização e comercialização dos jogos – não tá na hora de “chacoalhar o limoeiro” desse formato?


Jogos Olímpicos de Londres: 1. a medalha de ouro das cadeiras vazias; 2. Que tal a “cena” da bandeira olímpica, acabando nas mãos dos militares da Otan?; 3. George Galloway: militarização e comercialização dos jogos – não tá na hora de “chacoalhar o limoeiro” desse formato?



Estádios vazios. Por enquanto, não chegaram nem os Anunnakis, nem os Nephilins, nem outros extra-terrestres (ou simulacros dos mesmos) tão esperados para proclamar a necessidade de um governo único mundial… agora aguarda-se o dia 4 de agosto como data provável para este “encontro imediato de sei lá que grau”… mas nem os “patrocinadores agraciados” com entradas para os jogos deram o ar de sua graça… vai ver que preferiram visitar a Madame Tussaud ou fazer compras no Harrod’s… Entre os sofríveis patrocinadores, a Dow Chemical (lembram de Bhopal?) e a BP (lembram do Golfo do México)… (Mas Meu Santo Zeus… o que os atletas fizeram para merecer isso?)

1. Jogos Olímpicos de Londres: a medalha de ouro das cadeiras vazias
Fonte: 20minutes.fr via Cri du Peuple de 29 de julho de 2012
Tradução: Mario S. Mieli


Ninguém pode deixar de notar que todos os estádios dos Jogos Olímpicos estão longe de estarem lotados, e não necessariamente nas competições menores. O tipo de detalhe que não cai bem, quando milhares de pessoas tentaram, em vão, comprar bilhetes para as competições. O Comité de organização dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog) decidiu, no domingo, iniciar uma sondagem para determinar as razões desse desafeto.

Sebastien Coe, o presidente da organização, não demorou em apontar os patrocinadores, ameaçando que iria revelar publicamente o nome das empresas que não estariam ocupando os 5 – 8% das cadeiras reservadas aos patrocinadores do evento. Jeremy Hunter, o ministro britânico da cultura, declarou-se favorável a recolocar em venda ao grande público os assentos não ocupados depois de uma meia-hora de iniciado o evento: “É escandaloso que algo desse tipo possa acontecer, mas faremos todo o possível para encher os estádios”.



2. “A bandeira olímpica nas mãos dos militares”
Por: Manlio Dinucci, acrescido de reflexão pertinente dos tradutores
Fonte: Il Manifesto de 29/7/2012, via Midiacrucis
Tradução: Vila Vudu


As Olimpíadas podem ser “tempo de amizades novas e renovadas, onde se forjam a paz e o entendimento.” Assim o Arcebispo de Westminster saudou os atletas chegados a Londres, vindos de todas as partes do mundo. Para manifestar esse espírito, na cerimônia de abertura, o governo de Sua Majestade entregou a bandeira com os cinco círculos olímpicos, símbolo de paz… a um esquadrão de 16 soldados britânicos, selecionados entre os que mais se destacaram em guerras em curso.

À frente do esquadrão, formado de oficiais e soldados das três armas, vinha Tal Lambert, diretor de comunicações das bases aéreas de Lyneham e Brize Norton, usada ano passada na guerra contra a Líbia. Dentre outros militares da Real Força Aérea britânica, ali estava o Sargento Suneil Raval, condecorado por participação nas guerras dos Balcãs e do Iraque. Dentre os da Marinha e das Forças Especiais, vinha o oficial John Hiscock, condecorado pela Rainha com a Medalha da Galanteria, por ação na invasão do Iraque. Dentre os do Exército, o sargento Kyle Reains, condecorado por ação em combate no Iraque e no Afeganistão, onde foi ferido; e o cabo Josh Rainey, com duas missões de alto risco no Afeganistão, no currículo.

Exibir um esquadrão militar a carregar não só a bandeira britânica, mas também a bandeira olímpica foi gesto altamente simbólico: uma reafirmação de que os exército da Grã-Bretanha e de outros países da OTAN não fariam guerra de agressão e só operariam no interesse da paz e da humanidade.

Causa escândalo e vergonha que o Comitê Olímpico Internacional tenha admitido essa manifestação de forças militares, que deve ser proibida, para o futuro, em qualquer país no qual se realizem as Olimpíadas.

Também causa escândalo e vergonha que a imprensa internacional tenha ignorado essa manifestação, embora toda a imprensa mundial tenha testemunhado o gesto belicista. Mas jornais, televisões e jornalistas profissionais estavam ocupados em comentar o chapéu da rainha, no momento em que militares hasteavam a bandeira olímpica, reafirmando a glória do Império Britânico.



Em tempo: Entre as ‘entidades’ vestidas de branco, que entregaram a bandeira olímpica aos cuidados de soldados da OTAN, vinha, surpreendentemente, D. Marina Silva, brasileira, sem NENHUM atributo que a qualifique para estar naquele lugar pressuposto honroso e que absolutamente NADA representa no Brasil. Dado que ainda não se sabe, no Brasil, POR QUÊ foi convidada, aproveitamos a oportunidade para registrar, por hora, o nosso escândalo e a nossa vergonha apenas PESSOAIS. Voltaremos a esse assunto [Nota dos tradutores brasileiros].

3. George Galloway analisando a militarização e comercialização dos jogos olímpicos e questionando apropriadamente o formato das Olimpíadas (em seu impecável e claríssimo inglês). Brasil, se liga, as próximas serão em nossa pátria amada…

Galloway on the 2012 London Olympics – 17,000 Army Troops on the Streets, Anti Aircraft Missiles
http://youtu.be/NZzAe7O7Qmg

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