“REVOLUÇÃO ÚNICA: DO LUCRO À ÉTICA”
Por: Gianni Lannes
Tradução: Mario S. Mieli
Fonte: Su La Testa
11 milhões de crianças morrem a cada ano por causa de água contaminada e desnutrição, 2 bilhões de pessoas não dispõem de eletricidade,
2,5 bilhões de seres humanos não têm esgotos,
1 bilhão de irmãos e irmãs sem água não dispõem de água incontaminada,
800 milhões de seres humanos são subnutridos, dos quais 166 milhões têm menos de 5 anos.
Bastariam 24 bilhões de dólares por ano até 2015 para reverter a situação de forma positiva. No entanto, o mundo vai na direção oposta: em 2014 foram gastos mais de 1 trilhão de dólares para despesas militares.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) atesta que 18 por cento da população mundial, cerca de 805 milhões de habitantes, detêm 83 por cento da renda mundial, enquanto a 82 por cento da população planetária, cerca de 5 bilhões de pessoas, tocam o restante 17 por cento.
Quanto ao uso, abuso e destruição dos recursos da Mãe Terra, os países ocidentais (incluindo a Itália) devoram 70 por cento da energia, 75 por cento dos metais, e 85 por cento da madeira. “A pobreza extrema – diz o relatório do PNUD – poderia ser erradicada com um custo de US $ 80 bilhões por ano, ou menos do que o patrimônio acumulado pelas sete pessoas mais ricas do mundo.” Em termos globais, as 10 pessoas mais ricas do mundo possuem ativos equivalentes a 133 bilhões milhões dólares, o equivalente a uma vez e meia a renda nacional dos 48 países menos afortunados.
Nos Estados Unidos da América, atesta sempre PNUD, 1 por cento da população detém 40 por cento da riqueza, outros 20 por cento da população detêm 40 por cento da riqueza, e 79 por cento da população os 20 por cento restantes.
Atualmente, o mundo é regido exclusivamente pelo acúmulo espasmódico e pela usurpação dos recursos alheios, cujo limite é geralmente dado pelas tréguas bélicas, em completa falta de respeito ao ser humano e à natureza. Dessa forma a humanidade se extinguirá, mas não este Planeta vivo, embora ferido mortalmente.
Para aqueles que se preocupam com o destino de Gaia, a única solução é mover-se do paradigma dominante do lucro, àquele exclusivo da ética. A primeira revolução, de fato, é interior.