>> Resistir é mais em baixo – Como nos libertarmos da ditadura financeira? por Franco Berardi Bifo

>> Resistir é mais em baixo
Como nos libertarmos da ditadura financeira?

Por: Franco Berardi Bifo
Fonte: adbusters 24/1/2013
Tradução: Mario S. Mieli




Não penso que poderemos vencer a luta contra o capitalismo financeiro demonstrando nas ruas. Destruir os bancos não tem utilidade se estivermos buscando a emancipação da ditadura financeira. O poder financeiro não existe nos bancos; está incorporado no software, nos automatismos tecno-linguísticos que governam a vida quotidiana e nos automatismos psíquicos do consumismo, da competição e do medo.

Todavia, estamos no meio de um processo – um movimento – que se instalará no decorrer da próxima década, talvez, além dela, e devemos começar do ponto onde nos encontramos e com aquilo que sabemos.

O que temos hoje é a memória de formas passadas que nossos movimentos assumiram, inclusive ocupações, greves e demonstrações, tanto pacíficas quanto violentas. Tudo isso é parte do legado dos movimentos sociais do século XX.

Recentemente, tentamos ressuscitar algumas dessas velhas formas de luta – essas velhas formas de expressão – mas elas não têm funcionado particularmente bem. Formas estabelecidas de demonstração pacífica não têm nenhuma possibilidade de mudar as políticas do capitalismo financeiro. Elas não funcionam, quando a democracia está morta – e ela está totalmente morta, e a experiência europeia o demonstra claramente.

Mas, por outro lado, manifestações violentas ou bombas em bancos são também inúteis, porque não desafiam os sítios do poder real. O poder real está na ciberesfera, nos algoritmos do controle financeiro, nas análises quantitativas que embasam o trading, e assim por diante.

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Então, como diz Alf Hornborg: “O único modo de alcançar a sustentabilidade é transformar a própria ideia e as instituições do dinheiro mesmo”.

Afixem o cartaz nos corredores de seu departamento econômico, ou nas ruas. Se quisermos emancipação da ditadura financeira, precisamos dar o chute inicial e renovar o paradigma econômico de baixo para cima. Então, vá AQUI e e participe da estrondosa Guerra do Meme (ler nota abaixo)!



Nota:
O que é Meme:
Fonte: http://www.significados.com.br/meme/

Meme é um termo grego que significa imitação. Na internet, o significado de meme refere-se a um fenômeno em que uma pessoa, um vídeo, uma imagem, uma frase, uma ideia, uma música, uma hashtag, um blog, etc., alcança muita popularidade entre os usuários.

Alguns exemplos de imagens de memes muito populares são as rage faces Forever Alone e Troll Face, cujas imagens representam, respectivamente, o indivíduo que será sempre solitário e o indivíduo que gosta de sacanear os outros.


O conceito de “meme” foi criado pelo zoólogo e escritor Richard Dawkins, em 1976, quando escreveu no livro “The Selfish Gene” (O Gene Egoísta) que tal como o gene, o meme é uma unidade de informação com capacidade de se multiplicar, através das ideias e informações que se propagam de indivíduo para indivíduo. Os memes constituem um vasto campo de estudo da Memética.

A ideia de meme pode ser resumida por tudo aquilo que é copiado ou imitado e que se espalha com rapidez entre as pessoas. Como a internet tem a capacidade de abranger milhares de pessoas em alguns instantes, os memes de internet são virais.

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