>> “O governo do Bilderberg”, por Ida Magli e “Monti deveria estar na cadeia”, por Daniel Estulin


“O governo do Bilderberg”, por Ida Magli e “Monti deveria estar na cadeia”, por Daniel Estulin


O governo do Bilderberg

Por: Ida Magli
Fonte: italianiliberi.it de 3.11.2012
Tradução: Mario S. Mieli



A Europa já está, agora, felizmente, conquistada. O programa elaborado pela sociedade secreta Bilderberg na reunião de maio de 2009 já foi quase todo realizado. Melhor dizendo: dado que a parte mais difícil e, todavia, indispensável, era aquela que dizia respeito à liquidação das nações da Europa, terem conseguido se apossar dela é o sinal que agora a obra já está certa, nada mais poderá impedir a sua finalização. As bandeirinhas do Bilderberg tremulam alegremente nas colinas e nas torres europeias mais importantes. O Banco Central Europeu é, por certos aspectos, sua obra-prima.

Através do BCE, o Bilderberg tem em suas mãos a vida de quase todos os Estados que, com uma decisão ilegítima e absurda de seus governantes, renunciaram a emitir sua própria moeda e se entregaram à vontade daqueles que são os donos da instituição (participantes de seu patrimônio): Beatriz da Holanda, o príncipe Constantjin, Sofia da Espanha, Philippe da Bélgica, David Rockfeller, Filipe de Edimburgo, Mario Draghi (na qualidade de participante da Banca d’Italia), todos membros do Bilderberg e presentes na reunião de 2009. As participações dos Estados constituem percentagens mínimas e talvez servem, além de salvar as aparências, também para recompensar os políticos pela sua renúncia à criação e à administração da moeda.

O que tinham decidido os membros do Bilderberg na reunião do ano de 2009? Querendo alcançar como meta final a realização de uma única civilização planetária, tinham sido predispostas as etapas (nesta altura quase alcançadas, no que concerne o Ocidente): a destruição das identidades nacionais, a ser perseguida por meio da subversão dos valores nos quais essas identidades se fundamentam e a eliminação dos Estados individuais; o controle centralizado de todos os sistemas educacionais, cuja largada foi dada, na Europa, com o Tratado de Maastricht e a chamada “harmonização” dos programas escolares; o repúdio das disciplinas históricas e de seu ensino, por constituírem possível obstáculo à aceitação da Nova Ordem Mundial por parte dos jovens e à superação psicoafetiva do valor da pátria, da tradição, dos costumes em todos os campos; o controle das políticas internas e externas, como já ocorre na Europa através do exame preventivo dos setores financeiros e dos vários tratados sobre as fronteiras, a imigração, a igualdade dos direitos; uma língua única, que é aquela já em uso e que, pouco a pouco, todos são obrigados a empregar: o inglês. O pivô sobre o qual os bilderberguianos se fundamentam em todos os seus projetos é, porém, sempre o setor financeiro, visto que através dos bancos e das especulações de Bolsa, conseguem guiar concretamente cada tipo de político, reduzindo os governantes dos Estados individuais a meros executores de seus planos.

A instauração de um mercado único e de uma moeda única é, portanto, a meta mais importante; mas terem conseguido, com a criação do euro, eliminar quase todas as moedas europeias, representa a vitória mais significativa para eles, à medida que isso assinala que o projeto final está já em fase de conclusão.

De fato, toda a operação “União Europeia” foi pensada como uma espécie de experimento cujo sucesso deveria confortar seus projetistas a trilhar o mesmo caminho. Que ninguém acredite que as crises financeiras, o empobrecimento dos povos, o excesso de taxação, sejam para o Bilderberg sinais negativos, justamente o contrário: já tinha sido programado que esses teriam sido os instrumentos com os quais se atingiria a meta. Como pudemos ver com o que aconteceu na Itália, o golpe de força com o qual um banqueiro se tornou chefe do governo teve como “justificativa” o crescer da dívida, o diferencial sempre mais alto com os títulos alemães; mas para quem é dono do jogo da Bolsa, provocar esses desequilíbrios é facílimo, sobretudo quando esses manipuladores estão de acordo sobre o que deve ser feito, já que são todos membros do Bilderberg ou dos seus ramos mais importantes, como a Comissão Trilateral e o Aspen Institut: Mario Monti, Mario Draghi, Giorgio Napolitano, Carlo Azeglio Ciampi, Romano Prodi, José Barroso, Giuliano Amato, Vincenzo Visco, Enrico Letta… Todos nomes citados muitas vezes por diversos autores, além de eu mesma, nos últimos anos, como por exemplo Daniel Estulin no seu “O Clube Bilderberg” publicado (na Itália) em 2005; Marco della Luna, em seu “Euro escravos”, também de 2005; Elio Lannutti, em “A república dos bancos”, publicado em 2008, sem que ninguém jamais os tenha desmentido.

Assim, podemos constatar que todas as previsões foram realizadas: os Estados da Europa perderam sua soberania, sua identidade, suas riquezas, e aqueles Estados mais difíceis de domar, devido à própria criatividade, à ligação com a própria história, à própria independência, como a Grécia, a Irlanda, a Espanha, a Itália, foram reduzidos, por meio da pressão sobre os títulos soberanos, a depender da “generosidade” dos banqueiros e a terem uma nova e horrível imagem de si, aquela de “mendicantes”, de possíveis ladrões a quem é perigoso emprestar dinheiro, a menos que se doem a si mesmos e aos próprios filhos como garantia.

Agora os banqueiros finalmente alcançaram seu objetivo final: darem-se as mãos, tornando-se intercambiáveis com os políticos, proclamando, assim, abertamente, que começou uma nova era: o Reino dos Banqueiros. Há dois anos eu tinha escrito em A Ditadura Europeia, que eu teria acreditado nesta reconstrução, – que eu mesma tinha pesquisado de forma extremamente cautelosa e escrupulosa –, no dia em que eu teria visto os banqueiros se colocarem no lugar dos políticos. É justamente o que aconteceu. E aconteceu – coisa incrível – com a ajuda, a cumplicidade dos políticos. Nos últimos anos, muitas vezes interroguei os maiores líderes do mundo político, religioso, industrial, jornalístico, sobre o por quê tivessem aceitado, em silêncio, assassinarem-se a si próprios, junto com a Itália, sem ter conseguido obter qualquer resposta.

Hoje, porém, não podem continuar calados e se entregarem como covardes traidores da própria nação e do próprio povo. É indispensável que sacudam a passividade na qual se atiraram e se convençam de que a desertificação atual dos partidos, o absentismo e o repúdio dos eleitores, até mesmo a corrupção que invadiu todas as instituições, são a consequência dessa traição, porque ninguém tem mais diante de si uma pátria para defender, um valor coletivo em que acreditar, um futuro em que esperar e construir para os próprios filhos.


Monti? Deveria estar “NA CADEIA”, por Daniel Estulin


MONTI DEVE ANDARE “IN PRIGIONE” – Daniel Estulin

via byoblu.com
Daniel Estulin no programa da RAI 2 “L’Ultima Parola” – Daniel Estulin, é o autor do livro “O Clube Bilderberg” citado por Ida Magli no artigo acima. Daniel é um escritor russo e seu livro trata dos centros ocultos do poder. No programa da RAI 2, fala de Mario Monti com uma franqueza inusitada, para um programa da tevê estatal.

Transcrição a partir do minuto 3:57
Estamos vivendo a mais terrível crise financeira de toda a história da humanidade.

Trata-se de uma crise de bilhões e bilhões de dólares que nunca poderão ser repagados.

Assim, os governos que procurarão repagar essa dívida destruirão seus próprios países.
O que esses governantes procuram fazer é obrigar os cidadãos a pagar essas dívidas, mas como não podemos pagá-las, os governos também não poderão repagá-las. Então, eles se dirigem às instituições financeiras internacionais, e isso também significa a destruição dos seus próprios países.

O que quer dizer que, na Itália, Mario Monti, que sabe exatamente o que está acontecendo no mundo, destruirá a Itália de propósito. O inimigo de vocês é Mario Monti. Ele é um traidor do Estado-nação da Itália. Esse homem deveria estar NA CADEIA.

E vocês têm que entender que este não é um conceito novo, porque já se falava disso na Conferência Bilderberg de 1968 no Canadá, onde foi dito que não era mais possível confiar nos estados-nações para que fizessem o “trabalho sujo” das grandes corporações.
De forma que o que eles querem é criar uma única empresa global de responsabilidade limitada, porque as empresas têm muito mais poder que qualquer indivíduo no mundo. E criaturas como Mario Monti são simplesmente o subproduto desse sistema.
Se não nos livrarmos desses cânceres, nos encontraremos na mais terrível crise da humanidade.

Estamos na encruzilhada da história. O caminho que tomaremos vai decidir o futuro da humanidade.


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