Maquiavelagens 5 – Olim-oku-piadas – a visão das jabiracas shakespearianas produz calafrio na espinha de Artur d’Amaru
‘Clown Town’, graffiti pintado por Mau Mau.
Fotografia: THTC Ethical Clothing/Light Factory Studio
O autor do graffiti foi um dos “banidos” pela polícia britânica de usar transporte público e frequentar os sítios olímpicos, por ser considerado “ameaça à ordem pública”. VERGONHA!!!!
Fonte: The Guardian
Para uma panorâmica da arte de rua em Londres em época de Olim-oku-piadas, visite: http://streetartlondon.co.uk/
Convenhamos… convenhamos
súditos adoradores da pretensa “compostura” e “elegância” albionenses …
dessa vez parece que é o estábulo inteiro que foi pro brejo… com sua majestade e tudo…
e a sutileza, o refinamento e o bom-tom parecem ter sido violentamente abduzidos por quem-sabe-que seres de alguma galáxia de um gosto deveras atroz… vendo-se os simulacros confeccionados para essas Olim-oku-piadas.
A produção toda parece a materialização de algum fadado pesadelo estético… onde nenhum íncubo ou súcubo deixou de contribuir com seu val-horr-or-oso imaginário…
Se toda essa Kafonalha e Breguice é tudo o que a nova “arrumação” mundial tem a trazer em termos de gosto… oh my God, estamos fritos de jequice…
Mas não bastavam os rastros químicos, as sementes frankstein, o flúor na água, o fraturamento hidráulico, as vacinas compulsórias, as lavagens cerebrais constantes de medo-e-pavor, os farmaggedons dos laboratórios que manufaturam doenças lucrativas, os descalabros econômicos a que chamam de Krisis?
Precisava BoKomoKar a estética também?
Do lôbrego logo ao lutífero-iluminazzi projeto do estádio principal, dos MacAbros “mass-cotes” de um olho só (encimados da infalível pirâmide, do algarismo romano III e da letra W…. maybe standing for WW III?) ao local carregado e mal assombrado do Est End escolhido para construir a Vila Horror-límpica… tudo parece conter um “heavy sinister undertone” não tão under, mas seguramente muito sinistróide. Pra que ninguém diga que faltam só as bruxas do Polanski, abrindo o seu fílmico Macbeth, seguem as ditas-cujas atachadas abaixo…
Vai ver que tudo não passa de um golpe feudal-marqueteiro, para valorizar o funéreo, o tétrico, o lúgubre… tudo em busca da Nova Jerusalém…
Também pudera…
…ocasião ansiada para a celebração da indiscutível, inquestionável e inabalável soberania bankstercrática das “altas” finanças detonadoras (verdade, ligeiramente sombreada pelo mega-escândalo-roubo-fraude-farsa que responde pelo nome “Libor”)
…chance de tirar o pó dos “podres poderes” enquistados desde sempre…
convescote apoteótico para a celebração de tsunamis publicitários ostensivos por parte dos estados-corporações que nos impõem a tirania homologadora e pasteurizante do consumo sem direito a qualquer “mas será que…” ou “mas até que ponto…”
…momento culminante da auto-deificação Kompetitiva Kapital-Kanibal-ista onde a primeira grande vítima sacrificada no altar do Systema será ironicamente, o esporte…
todo o repertório visual celebrativo parece invocar não uma feliz celebração cidadã, mas o jugo de uma prepotência desesperadoramente opressora…
Londres, que tanto curto, que tanto já viste e viveste, varre esse baixo-astral escatologicamente nefasto com o qual querem te envolver!!!!!!!
Macbeth (Polanski 1971) — Witches Opening
Logo das Olimpíadas de Londres 2012
Mass-cotes das Olimpíadas de Londres 2012
Estádio e torres de iluminação – Londres 2012
http://youtu.be/E9wkCASz_RU
