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Mario Monti, lobista dos bombanqueiros da OTAN – sinergia entre bombas e bancos, bombardeios e bombanqueiros

FONTE: C.O.M.I.D.A.D.ORG de 19.01.2012
Tradução: Imediata



Mario Monti

Cresce o interesse por parte das multinacionais financeiras pelos negócios “pobres”, das aposentadorias aos amortizadores sociais. Tudo vira ocasião para privatizações, imposição de contas correntes e cartas de crédito (vide a “flexsecurity”). É preciso “liberalizar”, mas os seguros se tornam obrigatórios a respeito de tudo: além das donas de casa, agora os profissionais também precisam ter seguro e os motoristas, em vez de um cupom, precisarão ter um microchip.

O assalto do lobby bancário às atividades de negócios pobres determinou que agora está na mira até a categoria dos taxistas. A “liberalização” dos táxis já aconteceu nos Estados Unidos, onde os taxistas são, quase todos, imigrantes.

Trabalhadores indianos, paquistaneses ou eslavos foram forçados, em seus próprios países, a se endividarem junto a qualquer agência financeira, para depois serem induzidos a emigrar de modo a conseguir pagar pelo menos os juros da própria dívida. A emigração não é uma escolha, mas uma consequência do endividamento pessoal; e se a “corporação” dos taxistas não sai de campo, as agências financeiras não terão como conseguir o pagamento das dívidas. Obviamente, as agências financeiras fazem quase todas parte de subgrupos de grandes bancos internacionais.[1]

Consideremos quanto a questão dos migrantes facilitará governar essa “liberalização”, que será reduzida a um conflito étnico-racial, colocando as vítimas umas contra as outras. Contra a “corporação” dos taxistas poderá, portanto, ser utilizada também a acusação de racismo e xenofobia.

Já agora os taxistas são alvo da mídia, posto que não somente constituem um obstáculo ao “crescimento”, mas – conforme nos foi dito pelo programa de TV “Report” – são até uma banda de sonegadores de impostos. Não falta muito para que aos taxistas sejam atribuídos crimes contra a humanidade, violações aos direitos humanos e lapidação de mulheres adúlteras.

Esses tons de psicoguerra imperialista com relação às “corporações” não constituem uma anomalia da propaganda, mas estão em sintonia, já que o objetivo da liberalização dos comércios pode ser encontrado no “Business & Economics Program” do Conselho Atlântico, o órgão diretor da OTAN.

Mas o que tem a ver a OTAN com a “governança” da economia mundial? Pelo que parece, muito. A OTAN não trata só de bombardeios; pelo contrário, os bombardeios servem para gerenciar os negócios; é a sinergia entre bombas e bancos: bombardeios e bombanqueiros.

Entre os membros do Advisor Group do “Business & Economics Program”, que trata de “liberalizações”, encontra-se um tal de professor Mario Monti, reitor da Universidade Bocconi de Milão. A notícia chega do website do Conselho Atlântico.[2]


Merkel, Sarkozy, Monti

O mais interessante é aqueles que estão preocupados que Monti seja parte da Trilateral e do Bilderberg, quando até faz parte do Conselho Atlântico. Em resumo, Monti não é um galopim qualquer, mas pertence à série A dos lobistas; coisa que explica porque Merkel e Sarkozy o tratem com tanta deferência. No Conselho Atlântico, Monti é considerado uma espécie de vate (profeta), a quem endereçar angustiantes perguntas sobre os destinos da economia mundial. Às perguntas, Monti responde sempre com as mesmas mistificações, porém com aquele seu estilo inconfundivelmente sóbrio. A entrevista é de 2009, mas se encontra no site do Conselho Atlântico.[3]

De vez em quando os jornalistas acordam de sua letargia “mercadista” e descobrem, de repente, que existe o lobby mascarado. Parece que as análises da Standard & Poors sejam absolutas banalidades ou mesmo charlatanices, do tipo: Se as medidas contra a crise falharem, então a economia europeia estará na pior. Parece que até a Standard & Poors esteja sob o controle direto da direita estadunidense e dos republicanos, e que a propriedade da agência de rating esteja nas mãos dos fundos de investimento. De modo que os juízos das agências não seriam nada mais que um sinal de largada para o roubo a um determinado país. Mas como terá feito a imprensa europeia a descobrir esse imbróglio? Acordou de repente até mesmo a CONSOB, que pediu à agência de vigilância europeia, a ESMA, uma pesquisa sobre os conflitos de interesse das agências de rating.[4]

Pena que depois todos voltem à letargia e continuem a tratar como “técnicos” outros lobistas como Mario Monti e seus ministros. Hoje a OTAN é a mais poderosa organização de lobby dos bancos, na qual quem tem a parte do leão são: JP Morgan, Deutsche Bank e a usual Goldman Sachs. Um outro dispensador de preciosos vaticínios sobre a economia mundial, aliás, o número um do setor, é, de fato, Robert Zoellick, diretor executivo do Banco Mundial. Zoellick se tornou uma espécie de nome tutelar do Conselho Atlântico, “servido, reverenciado” e ouvido religiosamente. Pelo menos é o que conta o site do Conselho Atlântico. [5]


Robert Zoellick

O curriculum de Zoellick, publicado pelo Banco Mundial, denota porém a usual falta de originalidade: ele também provém do Goldman Sachs, onde foi vice-presidente.[6]

Então por que a CONSOB não se decide em solicitar à ESMA uma investigação sobre os conflitos de interesses da OTAN e do Banco Mundial?

[1] http://www.prestiti.it/finanziarie
[2] http://www.microsofttranslator.com/bv.aspx?ref=IE8Activity&from=&to=it&a=http%3a%2f%2fwww.acus.org%2fpeople%2fbeag
[3] http://translate.google.it/translate?
[4] http://www.ilsole24ore.com/art/finanza-e-mercati/2012-01-16/nessun-vincolo-regole-agenzie-222939.shtml?uuid=Aa0puweE
[5] http://translate.google.it/translate?
[6] www.microsofttranslator.com