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UNISEX – A criação do ser humano “sem identidade”, apresentação do livro de Enrica Perucchietti e Gianluca Marletta

Fonte: ideeinoltre e freeskies

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Tradução: Mario S. Mieli

A grande revolução cultural que os Poderes Fortes estão atualmente promovendo em todo o mundo – especialmente no Ocidente – tem um nome: ideologia de Gênero (ou ‘gender’, em inglês).

Sob ataque, neste caso, é a identidade mesma do ser humano no seu, desde sempre reconhecido como “natural”, dimorfismo masculino/feminino. A Ideologia ‘Gender’ afirma, efetivamente, que as diferenças sexuais entre o macho e a fêmea seriam somente “morfológicas” mas, na essência, não teriam quase importância alguma; conforme este “novo” ponto de vista a diferença masculino/feminino seria sobretudo cultural: ou seja, os homens seriam homens só porque ‘educados’ por homens, enquanto as mulheres seriam mulheres porque ‘educadas’ por mulheres.

Precisamos, portanto, compreender porque hoje se quer intervir e remodelar a imagem clássica do homem para impor uma nova imagem de sexo socialmente construída e isolada de qualquer herança “natural”.

Hoje estamos, de fato, assistindo a uma “culturalização” explícita do corpo para removê-lo propositalmente do que sobra da sua condição de naturalidade, de um processo destinado a afluir no modelo artificial sonhado pelo transhumanismo.

O “braço militante” desse processo cultural é representado, concretamente, pela galáxia de movimentos gays e homossexualistas: grupos no passado absolutamente minoritários mas que, nos últimos anos, podendo contar com uma verdadeira torrente de financiamentos públicos e privados a fundo perdido e com o apoio de instituições e lobbies de altíssimo nível, invadiram a mídia e as praças de todo o mundo ocidental, impondo à opinião pública as próprias “instâncias”, como a reivindicação de poder celebrar “casamentos” ou de adotar crianças. Essas temáticas chegaram a ofuscar, nos últimos tempos, questões mais incumbentes, como a crise econômica, o desemprego crescente, o fracasso da Primavera Árabe, os conflitos no Oriente Médio, etc.

Todavia, essas instâncias permaneceriam “letra morta” sem o apoio cada vez mais ruidoso das instituições do mundo ocidental, para as quais a agenda política da ideologia de Gênero parece ter se tornado uma prioridade absoluta, a ser proposta ou imposta através de leis de todo tipo, reprogramação dos cursos escolares, sanções administrativas e penais e até por meio de uma ‘reelaboração da linguagem comum’, a qual, pelo menos em público, deseja-se introduzir dentro dos cânones de uma linguagem “politicamente correta” que taxa de discriminatórias e sexistas até expressões imemoráveis (entre as quais, as expressões “mulher grávida” e “papai & mamãe”).

O que se procura demonstrar com UNI SEX é que a ideologia de Gênero parece ser, nos dias de hoje, uma espécie de “cavalo de Tróia” que alguns Poderes Fortes parecem decididos de utilizar para “fins” que vão bem além das “reivindicações homossexuais”, mas que visam, com toda evidência, “manipular a própria natureza do ser humano”, com o objetivo de gerar um “homem novo”, compatível com o projeto agora sempre mais avançado de uma Nova Ordem Mundial. A ideologia globalista (sobre a qual os autores já dedicaram o precedente ensaio, publicado [na Itália] pela editora Arianna: “Governo Globale. La storia segreta del nuovo ordine mondiale” – Governo Global – A história secreta da nova ordem mundial), antes mesmo de planejar uma estratégia de conquista “material” do globo por parte do Ocidente anglo-americano e dos seus aliadas ou súditos, visa sobretudo à criação de um “homem novo”: um ser ao qual se precisa dar um reset, um ser homologável, estereotipado e apátrida, perfeito “tijolo” utilizável na construção do ‘Mundo Novo’.

Desse ponto de vista, o Globalismo age, de preferência, no plano dos “costumes”, das “modas”, dos “modos de pensar”, através da criação de um “imaginário global” que influencie as escolhas das massas. Um dos objetivos da ação globalista, por exemplo, será aquela que procura demolir as “velhas” identidades (sejam elas sociais, religiosas, políticas ou culturais) que poderiam, de alguma forma, representar um obstáculo à homologação global. Um outro objetivo a ser atingido, naturalmente, será a instituição familiar, ela também considerada como um “obstáculo” à criação de um ser humano sem pontos de referência, afetivamente instável e, portanto, facilmente utilizável seja sob a forma de “consumidor perfeito”, que como anônima “peça social” facilmente manipulável.

E é justamente sob essa ótica que se compreende o apoio dos Poderes Fortes ocidentais à ideologia de Gênero, a qual, tornando “nebulosa” e ambígua até mesmo aquela dimensão basilar que é a identidade sexual, passa a ser o ingrediente necessário à criação do homem novo: um homem novo que, lembramos, se quer que seja confuso, ambíguo, literalmente a-morfo.

A ideologia de Gênero, portanto, aproxima inexoravelmente o nosso mundo àquele descrito no romance do inglês Aldous Huxley Admirável Mundo Novo, onde o ser humano, privado de toda herança do passado, vive em um “governo global” onde cada aspecto da vida é homologado desde o nascimento, onde a reprodução é realizada artificialmente e disjunta do sexo e onde toda aspiração pessoal, toda criatividade e toda espiritualidade está “afogada” na droga ( ou ‘soma’) ou no prazer sexual, seja hetero que homo, praticado sem limites de idade ou de lei.

Um mundo no qual a “pessoa” como tal não exista mais, onde todo tipo de “identidade” seja abolido e onde o indivíduo seja perfeitamente amorfo e “reset”, náufrago solitário de um oceano de não-sentido.

Neste ensaio, os autores reconstroem as etapas desse processo sem precedentes: das origens da ideologia de Gênero ao homossexualismo militante, do progressivo desalfandegamento da pedofilia à invenção do “sexo X”. São analisadas as lobbies, seus financiamentos e suas metodologias de instrumentalização aptas à constituição de uma ideologia globalista “gender”. São igualmente explicados os possíveis motivos que existem por trás dessa campanha antropológica, social, política e midiática, voltada à exportação/criação de um ‘novo’ modelo de ser humano, como cita o subtítulo, “sem identidade”.

Site da autora: www.enricaperucchietti.it

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Enrica Perrucchietti

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