EPPUR SI MUOVE! (Galileo Galilei)
MAS NÃO SERIA ESTA A FORMA PERFEITA PARA DAR UM CHUTE NO CU DAS PRIVATIZAÇÕES (INCLUSIVE DAS UNIVERSIDADES), DA AUSTERIDADE, DO EURO, DA UNIÃO EUROPEIA, DA OTAN/NATO, QUE A PARTIR DA NECROPLUTOCRACIA DA EUROPUSRAHELL DOMINAM O MUNDO?
Bolonha hoje – AULA de resistência, da cidade que inventou as Universidades
Bolonha. Luta entre estudantes e polícia. Os “tiras” se retiram
Bologna. Scontri tra studenti e polizia. Gli agenti si ritirano
Polizia fugge da piazza Verdi!
Novo parlamentar (do movimento 5 estrelas) em discurso contra a senhoriagem, ou seja, a usura bancária
21/5/2013 Carlo Sibilia sul signoraggio bancario
Transcrição traduzida da fala do deputado Carlo SIbilia, na Câmara dos Deputados da Itália, dirigindo- se ao presidente do Conselho Enrico Letta
Obrigado, Presidente, Governo, Colegas
O terceiro ponto que discutiremos no Conselho Europeu, amanhã, será a UEM – a União Econômica e Monetária, que passa pelas provisões, em termos de fiscalização, que o Sr. estava mencionando.
Um argumento importante, diríamos importantíssimo. Pena que nenhum cidadão italiano, e apostamos que nenhum cidadão europeu, saiba de que se trate.
Vamos tentar nós explicar o que tem em mente o Conselho Europeu, com a instituição do UEM. Os objetivos são 3:
Quebrar o nexo entre bancos e estados
Promover um quadro financeiro integrado
Ativar uma política de absorção dos choques econômicos em âmbito central, centralizando os poderes de controle através do MES, o Mecanismo Europeu de Estabilidade.
Isso é o que foi reportado no documento de síntese do encontro de 5/12/2012.
Não vamos polemizar sobre o fato de que essas sejam ou não as prioridades dos cidadãos europeus. Mas analisemos o primeiro ponto.:
Quebrar o nexo entre bancos e estados.
Muito bem, Senhor Letta, pode me explicar qual o nexo entre bancos e estados hoje? Pode me explicar esse nexo, se o Banco Central Europeu é, de fato, propriedade dos bancos centrais nacionais? Diríamos muito bem, se os bancos centrais nacionais fossem de propriedade dos cidadãos, do Estado. Pena que os bancos centrais nacionais são, de fato, e insisto no “de fato”, bancos de propriedade de institutos de crédito privados. Por exemplo, o “Banca d’Italia”, que não é de propriedade dos cidadãos italianos, como o nome poderia deixar pensar, mas de propriedade de Intesa San Paolo, Monte dei Paschi di Siena, Unicredit, Assicurazioni Generali… todas S.A.s, e todas transparentemente elencadas no site do Banca d’Italia, como demonstra este documento.
É como dizer que sujeitos privados sejam proprietários do NOSSO dinheiro, e que voltam a emprestá-lo a nós com JUROS.
Mas se o dinheiro é dos cidadãos, dos estados, então por que eles a “emprestam” a nós?
[aplausos]
O Sr. já ouviu falar de SENHORIAGEM BANCÁRIA, Sr. Letta?
Vocês falam disso nas reuniões do CLUBE BILDERBERG? Clube de que o Senhor, o seu predecessor Mario Monti, Emma Bonino, – vejam só, por acaso, Ministro das Relações Exteriores, e Mario Draghi – vejam só, por acaso Diretor do Banco Central Europeu – todos vocês fazem parte?
[aplausos]
Os institutos privados imprimem dinheiro e o emprestam a nós cobrando uma restituição com JUROS, para criar essa espiral esmagadora que se chama DÍVIDA.
O Conselho Europeu, responsável por uma Europa não fundada sobre os direitos, não fundada sobre a solidariedade entre os povos, mas de uma EUROPA FUNDADA SOBRE A DÍVIDA.
DÍVIDA COMO INSTRUMENTO DE ESCRAVIDÃO DOS ESTADOS.
[aplausos]
Diga isso ao Presidente Van Rompuy. Aliás, QUEM É ESSE Van Rompuy??? QUEM O ELEGEU? Eu sei, Sr. Letta, que o senhor o conhece porque, vejam só, a coincidência, ele também é parte do Clube Bilderberg. Mas saiba que os cidadãos italianos não sabem quem ele seja nem de onde tenha vindo esse personagem, que nunca foi eleito em nenhuma eleição nacional e PRESIDE uma instituição que condiciona grande parte das escolhas dos cidadãos da Europa e de todo o mundo.
O Sr. se lembra de que é a Europa que nos pede “o grande tormento (austeridade)”? Então diga a Van Rompuy, que é a Itália que pergunta a ele… Diga da parte nossa que a Itália REFUTA o Mecanismo Europeu de Estabilidade, um monstro jurídico e anticonstitucional. Diga que consideramos essa política de caixas chinesas, austerity, fiscal compact, pacto de estabilidade não ser a política italiana. E que a Itália precisa de visão política. E não de reformas IMPOSTAS pela Europa, como ele mesmo afirmou. Diga a ele que quanto à evasão fiscal, retomaremos logo os 80 bilhões evadidos pelo circuito das slot machines, que subscreveremos as convenções a favor da transparência bancária dos paraísos fiscais de toda a Europa, que geram evasão de bilhões e bilhões, e com os quais fomos sempre até tolerantes demais, se não protetivos. E que restauraremos o crime de falsidade contábil.
[aplausos]
Sr. Letta…
[Neste ponto, a presidenta da mesa pede ao deputado que se dirija ao Presidente do Conselho de forma apropriada, ao que ele responde…]
Eu considero que o Sr. Letta seja um senhor… Bem, sabemos que o Sr. não dirá nada disso ao Sr. Van Rompuy, mas não por uma questão de falta de coragem, porque se o Sr. chegou a esta posição, não lhe deve faltar coragem, mas porque por mais de 15 anos, a Itália que vocês partidos construíram – o PD e o PDL – agora modelo único, tornou-se um servil tapetinho de cabeceira dos banqueiros de toda a Europa.
Mas saiba, Sr. Letta, que os cidadãos italianos aqui fora, gostaríamos que o Sr. dissesse o que nós lhe sugerimos. Agora pense no que pretende dizer amanhã, e tire suas conclusões. Obrigado.
[aplausos]