DOSSIÊ GÊNOVA

 

 


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>>>FRANCO BERARDI: "O FIM DA DITADURA COMEÇOU"

>>> JEREMY RIFKIN: "O PLANETA DE TODOS DELIMITADO POR POUCOS"

>>> MARIO MONICELLI: "VIVENDO NA CIDADE MORTA"

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>>>ROTEIRO PARA ACOMPANHAR OS DESDOBRAMENTOS DA MANIFESTAÇÃO EM GÊNOVA.

>>>SÃO PAULO INTEGRADA AOS ATOS ANTI-REPRESSÃO E EM MEMÓRIA A CARLO GIULIANI

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>>>COBERTURA DAS MANIFESTAÇÕES ANTI-G8 E ANTI-ALCA EM SÃO PAULO, BRASIL.

>>>GALERIA DE FOTOS DO ATO ANTI-G8 EM SÃO PAULO

23/07/01>> "Carlo é síntese da sua geração", confirma relato do pai ao jornal L'Únità

Giuliano Giuliani, pai de Carlo, assassinado sexta-feira passada em Gênova, insiste que o filho não era um monstro punk, mas uma síntese da sua geração.

Diante de sua casa no bairro genovês de Righi-Manin, Giuliano, um funcionário aposentado da central sindical Cgil, pediu ao jornalista Stefano Bocconetti que, pelo menos ele, repórter do L'Unità, não contasse mentiras sobre o filho, descrito como um monstro pela polícia italiana e pela grande imprensa.

Giuliano disse que o filho sempre se preocupou com os outros, desde os colegas de escola até aquele terço da humanidade que vive com menos de 20 dólares por mês. "Não acho que ele tenha se registrado em algum partido, ficaria sabendo. Também não era ligado a ninguém. Freqüentava todos os lugares onde se produzia cultura, onde os jovens discutem – como por exemplo o Centro Social Zapata–, mas não pertencia a nenhum grupo organizado", contou o pai de Carlo, acrescentando que o filho enfrentou todos os problemas típicos de sua geração. Entrou na faculdade de letras, onde ia muito bem, mas interrompeu os estudos por causa do envolvimento com as drogas. Assim como entrou conseguiu sair, "sozinho e com a ajuda da família". O contato com o problema do filho fez com que Giuliano, depois de se aposentar da Cgil genovese, se tornasse presidente da "Cicala", entidade que presta ajuda aos dependentes de drogas.

Quanto ao tipo de militância do filho, Giuliano disse que o discurso de Carlo era "seguramente muito mais radical do que um moderado como eu". Confirmou que o filho ficava inconformado com as injustiças sociais e que os citados antecedentes policias de Carlo estavam intimamente ligados às suas convicções. Giuliano se refere à intervenção do filho para impedir que um amigo fosse preso. Carlo acabou resistindo à prisão, mas a acusação foi retirada. Dentro deste contexto, é claro que, na sexta-feira, Carlo foi à passeata, mascarado à moda zapatista. O resto todos já sabem. Mas só agora Giuliano Giuliani começa a se dar conta de que o jovem daquela seqüência de fotos da Reuters é o filho Carlo.

22/07/01>>15:00 (GÊNOVA) ENCONTRO DO G8 ESTÁ ENCERRADO. MOBILIZAÇÃO MUNDIAL POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO ESTÁ APENAS COMEÇANDO.

Da parte dos "oito pequenos líderes" promessas cínicas e hipócritas sobre a diminuição da pobreza global e da dívida dos países pobres, além da incapacidade de chegar a um acordo sobre o protocolo de Kyoto, que estabelece o controle sobre a emissão de gases na atmosfera. O que se viu em Gênova é que com este tipo de lideranças é impossível tornar o ar da Terra mais respirável. O anfitrião da reunião, o premiê Berlusconi, deixou claro que o símbolo de sua gestão será a bomba de gás lacrimogênio, que provoca irritação nos olhos e causa uma sensação de asfixia. É por circular nestes ambientes pestilentos que os manifestantes foram às ruas de Gênova com máscaras, espécie de ícone da luta por outra globalização, que apenas começou.

Policias posam diante do "arsenal" encontrado no Fórum Social de Gênova (La Repubblica)

22/07/01>>01:30 (GÊNOVA)>>URGENTE>>POLÍCIA INVADE PRÉDIO DO GÊNOVA SOCIAL FORUM e INDYMEDIA CENTER

Terrorismo de estado em Gênova. A polícia invadiu há pouco o prédio do Fórum Social de Gênova e da Indymedia na Via Cesare Battisti. Sem mandato e alegando a busca de armas, a polícia prendeu 50 pessoas, dentre as quais o porta-voz dos advogados do GSF, e destruiu os computadores dos advogados do Fórum, além de desconectar o prédio com a internet. O senador Ramon Mantovani do Partido da Refundação Comunista está entre os feridos. A manchete do site do Inymedia Itália diz tudo: "Esta noite nasce em Gênova o novo regime de Silvio Berlusconi".

Uma estimativa da Agência ANSA dava conta de um morto, 500 feridos e 126 prisões nestes dois dias de Genova Social Forum. Só que a estimativa não levou em consideração as invasões da madrugada de hoje.

21/07/01>>22:00 (GÊNOVA)>>VERGONHA

Vittorio Agnoletto, militante incansável, responsável pela Lila (Liga Italiana pela luta contra a Aids), gritou emocionado para as 200 mil pessoas reunidas na praça Ferraris em Gênova: "Podemos dizer que mesmo pagando um preço muito caro vencemos em Gênova e na Itália". E completou: "Atrás daquelas grades que nos lembram outros momentos históricos, hoje se escondem da vergonha os oito que imaginavam poder decidir o nosso futuro, o destino de um planeta inteiro".

Passeata dos 200.000 mil em Gênova (La Repubblica)

A tese defendida pela polícia italiana é a de que a violência se justificou diante da verdadeira guerrilha urbana montada pelos manifestantes. Depois da descoberta de policias mal travestidos de anarquistas ficou evidente o incentivo que as "forças da ordem" deram a todo e qualquer ato de provocação dos grupos mais radicais.

Até agora não se sabe o estado da saúde da jovem ferida gravemente durante os choques de ontem.

Militante muda o nome da praça Alimonda para Carlo Giuliani (LÚnità)

21/07/01>>15:00 (GÊNOVA)>> MAIS DE 200.000 PESSOAS NA MAIOR PASSEATA EM GÊNOVA

A agência alternativa Carta confirma a presença de policias travestidos de anarquistas entre os manifestantes da grande passeata que já atingiu a praça Kennedy. Começa a ficar claro quem realmente são os provocadores em Gênova.

O policial que atirou em Carlo Giuliani já foi acusado de homicídio. Ele tem vinte anos e serve no destacamento da Lombardia, na cidade de Milão, como auxiliar do batalhão. No momento ele está na enfermaria dos carabineiros. O outro policial, que dirigia o jipe, também poderá ser processado, dependendo do resultado da autopsia no corpo de Carlo Giuliani.

20/07/01>>23:30 PM (Gênova) >>FOTÓGRAFO DA REUTERS CONFIRMA DISPAROS

O fotógrafo da agência Reuters confirmou os dois disparos do jipe da polícia em Gênova. Confirmou também que o jovem Carlo Giuliani estava com um extintor na mão, depois de manifestantes terem atirado pedras e de terem subido no jipe da polícia. Ele disse que depois dos disparos, com o jovem já caído, o jipe passou sobre o tórax de Carlo.

20/07/01>>21:30 PM (Gênova) >>ASSASSINADO JOVEM EM GÊNOVA

O jovem Carlo Giuliani, de 23 anos, romano morador em Gênova, morreu durante as manifestações desta tarde na praça Alimonda em Gênova. Um fotógrafo da agência Reuters flagrou o jipe dos carabineiros acompanhado por um manifestante (veja imagem abaixo). De dentro do carro surge uma mão que segura a pistola direcionada para o jovem manifestante. Na foto sucessiva o rapaz está no chão coberto de sangue.

O procurador adjunto Francesco Lalla interrogou no Palácio da Justiça de Gênova quatro pessoas (três italianos, dentre os quais um advogado, e uma outra pessoa de nacionalidade desconhecida) que teriam testemunhado a morte do manifestante.

Além da morte brutal e covarde, outros 150 manifestantes ficaram feridos. 97 pessoas deram entrada nos hospitais de Gênova.

 

 

 

20/07/01>>15:30 PM (Gênova) >>Dia "D" para a Libertação de Gênova.

Polícia encurrala covardemente a passeata dos manifestante (tute bianche, No Global rage, Giovani comunisti) que saíram do Estádio Carlini, de Gênova, em direção às fronteiras. Cenas de pânico, com muitas pessoas sufocadas pelas bombas de gás lacrimogênio. Alguns membros dos tute Bianche , inclusive don Vitalino della Sala, conseguiram refúgio num condomínio que estava de portas abertas. Mas mesmo dentro do prédio a fumaça das bombas era sufocante. A passeata teve que recuar e mudar de direção. Na piazza Manin, ponto de encontro de Lilliput e Rete contro G8, a simples presença de um grupo anarquista provocou a ira da polícia que começou a descarregar bombas.

20/07/01>>10:15 AM (Brasília) >>Dia "D" para a Libertação de Gênova.

O PINK, o grupo rosa, alcançou as barreiras da praça Corvetto (no final da via Assaroti) e foi violentamente recebido pela polícia blindada, que recepcionou os manifestantes com hidrantes e bombas de gás lacrimogênio. Pelo menos cinco pessoas foram presas pela polícia, dentre as quais Lorenzo Mappeli, da Associação cultural Punto Rosso, de Milão.

20/07/01>>10:00 AM (Brasília) >>Dia "D" para a Libertação de Gênova

A manhã marca a tentativa de invadir a zona vermelha que delimita o espaço de manifestação e tenta preservar os líderes que vão se reunir no "Convention Center". Cerca de 20 mil pessoas (tute bianche, No Global rage, Giovani comunisti) saíram do Estádio Carlini, de Gênova, em direção às fronteiras. Alguns membros da rede Lilliput tentaram escalar as muralhas de metal que cercam o Centro de Convenção. Houve uma correria generalizada em vários pontos próximos ao centro de convenção. A polícia forçou os manifestantes a correrem em direção ao mar para encurralá-los.

Passeata dos Tute bianche (L'Unita)

Ocorreram hoje de manhã os primeiros confrontos violentos entre o grupo anarquista Black Block e a polícia nas ruas de Gênova. Três enfermeiros e dois jornalistas da Agência AP teriam ficado feridos durante os choques. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogênio, enquanto os manifestantes, cerca de quinhentas pessoas, reagiram com coqueteis molotov.

Os grupos anarquistas se concentraram na praça Tommaseo, perto do quartel general do Forum Social de Gênova. Em seguida, atacaram a agência do Banco de Crédito Italiano, na via Sardegna, lançando na rua computadores retirados de dentro da agência.

19/07/01>>15:00 PM (Brasília) >>Passeata histórica reuniu 50.000 pessoas nas ruas de Gênova

Imigrantes do mundo inteiro, incluindo africanos e sul-americanos, caminharam alguns quilômetros pelas ruas de Gênova ao lado dos manifestantes dos movimentos anti-globalização. O hino "Bella Ciao" foi cantado até em curdo. As contínuas provocações e a presença ostensiva e superdimensionada da polícia italiana não atrapalhou a primeira grande mobilização do dia. Hoje, em Gênova, no Fórum Mundial da Globalização, estarão falando o grande Asterix-filósofo J. Bové e a força da natureza Vandana Shiva (reencarnação mista do guerreiro Arjuna e de Gandhi), que falará sobre manipulação genética).

Passeata dos 50.000 em Gênova (Alien8)

O esquema de "proteção" dos "líderes" do mundo, provoca a irônica constatação sobre que tipo de líderes são esses que precisam se encontrar tão "protegidos" dos povos que dizem representar. E a ironia ainda maior é de que, metaforicamente, parece que são eles os que se encontram "presos" numa gaiola, cercados e acuados por todos aqueles que dizem representar. Que a imagem perdure na memória coletiva!!! Ontem o Etna continuou em erupção e houve um terremoto no Nordeste da Itália. A natureza mais uma vez está dando mostras de como é que se deve manifestar!!!

Nos EUA, assim como no Brasil, a mídia oficial não reporta absolutamente nada. Silêncio total para não aguçar o pouco de inteligência que talvez ainda tenha sobrado na cabeça das vítimas da própria mídia, ou vítimas midiatizadas. Só o desaparecimento da amante de mais um político, um "congressman", que desde então posa para as câmaras esbanjando sorrisos, e os ataques dos tubarões aos banhistas da Flórida (até os tubarões estão de saco cheio e, com razão, não aguentam mais.... BEM-VINDOS, dear sharks!!!). Isso é tudo que merece cobertura excessiva e duplamente imbecilizante. De resto, NADA. Absolutamente nada. A quintessência de uma pós-alienação perversa provada e comprovada, midiolatria do mais baixo n’vel.

 

19/07/01>>10:00AM>>Show de Manu Chao abre ação anti-G8 em Gênova

O "Bar Clandestino" abriu suas portas ontem à noite na praça Kennedy em Gênova, para esquentar as baterias dos manifestantes anti-G8 e aliviar as tensões. Manu Chao repetiu mais uma vez que não se considera o símbolo "anti-global", mas as músicas dos CDs "Clandestino" e "Estacion Esperanza" já foram eleitas a trilha do movimento.

Manu Chao (l'Unita)

Dentre as 20 mil pessoas que pagaram 10 mil liras (cerca de 10 reais) para assistirem ao show, destacava-se o bispo católico don Gallo, 73 anos, cigarro na boca, visivelmente animado, cantou e dançou a noite inteira ao som de Manu Chao e dos grupos "99 Posse", "Rigurgito antifascista", "Curre Curre vuaglio" e "Inti Illimani". Don Gallo, um velho militante anti-fascista, vêm dando apoio irrestrito às organizações sociais italianas que se articulam contra o neo-liberalismo, inclusive as de cunho anarquista e libertário.

Piazza Kennedy ontem à noite (l'Unita)

Às 21:30 soou um alarme de bomba a 150 metros da praça onde se realizava o show. A suspeita recaia sobre uma bolsa deixada sobre um ônibus. Retirada pela brigada anti-bombas a bolsa foi afastada e não atrapalhou a festa, que marcou o final de um dia tenso e carregado de ameaças. Uma carta bomba enviada à redação da Rete 4 de Milão, que pertence ao premiê Berlusconi, causou ferimentos leves à secretária que recebeu o pacote. Outra encomenda, endereçada à sede da Benetton em Treviso — uma das maiores confecções do mundo — pegou fogo ao ser aberta, mas não causou ferimentos.

 

Cem mil manifestantes devem chegar para "Libertar Gênova" (l'Unita)

A primeira manifestação programada para hoje pela manhã é a passeata dos imigrantes. Será aberta pelos protagonistas do show de ontem: Manu Chau e don Gallo.

Manu Chao ao lado de don Gallo(l'Unita)

 

Mobilização IMEDIATA anti-G8:

Gênova, importante porto italiano situado na costa Lígure receberá entre os dias 19 e 21 de julho o G8, grupo que reúne os oito governos mais poderosos do mundo – Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão, França, Itália, Canadá e Rússia. O "grupo dos oito" é responsável por um novo tipo de colonização e de formação de um império, que vem sendo chamado de globalização. A saber: desregulamentação do sistema financeiro internacional; concentração de poder nas mãos de poucas empresas monopolistas; visão de mundo que reduz tudo a critérios de mercado (inclusive o material genético); desrespeito pelo meio ambiente e desconsideração pelas especificidades culturais de cada povo.


A versão brasileira da ONG ATTAC (Ação por uma Taxa Tobin em Apoio aos Cidadãos), que luta contra a ditadura dos mercados financeiros, lembra que o G8 reúne-se uma vez por ano e adota, sem qualquer consulta às sociedades, medidas que afetam a vida de bilhões de seres humanos. O membro mais influente deste pequeno grupo é o presidente dos Estados Unidos, Bush II. Chegou ao posto de homem mais poderoso do planeta após uma eleição em que não foi o candidato mais votado. Através de pressões e negociações secretas, quer anular na prática o Protocolo de Kyoto, um acordo internacional que limita a emissão de gases do efeito-estufa e é uma das poucas esperanças contra o super-aquecimento da Terra. Quer tornar perpétua a supremacia militar norte-americana sobre o mundo. Está disposto a iniciar a militarização e a nuclearização do espaço, através do programa "Guerra nas Estrelas". Os demais governos que integram o G8 pouco ou nada fazem contra estas ameaças. Estão comprometidos com grupos e interesses muito semelhantes aos que orientam Bush II. Por isso, o temem.


Em Gênova, o "grupo dos oito" será recepcionado pelos milhares de insurgentes sociais, econômicos e midiáticos. Organizações que estão articulando uma nova forma de resistência. A grande imprensa continuará a caracterizá-los como bárbaros selvagens – descrição não muito diferente daquelas que os escribas oficiais das caravelas fizeram dos índios, habitantes do "Novo Mundo". Só que agora, além de utilizar os recursos tradicionais das manifestações populares, como passeatas e protestos pontuais de toda natureza, todos absolutamente fundamentais, os grupos que propõem uma outra globalização estão atuando através dos seus instrumentos próprios de comunicação. Cansados de olhar a realidade através dos meios dos outros, os movimentos contemporâneos resolveram IMEDIATIZAR suas ações. Eliminaram os meios tradicionais e criaram seus próprios canais de comunicação. A Agência Imediata une-se aos grupos anti-G8 e oferece um roteiro para acompanhar as manifestações de Gênova.

Embora os protestos contra os líderes da globalização já tenham se tornado rotina, certos fatos indicam que eles serão, dessa vez, maiores e mais fortes do que nunca. Nas mesmas datas, ações semelhantes vão se multiplicar por muitos pontos do planeta. Em São Paulo, a ATTAC vai se somar a esta rede, juntamente com movimentos sociais como o MST e a CUT, promovendo às 14 horas do dia 20/7, uma manifestação diante do consulado dos Estados Unidos. A Agência Imediata fará a cobertura completa das manifestações anti-G8 no Brasil.

 

 

 

 

 

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