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Sondagem choque da Time: o perigo vem dos EUA |
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Piero
Sansonetti Tradução
Imediata |
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A revista Time, em sua edição online européia, efetuou uma sondagem entre seus leitores. Fez uma pergunta extremamente simples e precisa: qual é, em todo o mundo, a nação que representa hoje o maior perigo para a paz? O resultado é tão claro quanto a pergunta, ou seja, 55,4% dos respondentes pensam que a nação mais perigosa de todas usando as palavras de Bush, poderíamos dizer "a nação canalha" por excelência é a nação americana. Em seguida, mais de um quarto dos leitores identificaram a Coréia do Norte (25,7%), e enfim, uma nítida minoria, menos de 19 porcento, estão de acordo com o governo dos EUA, acreditando que o perigo seja o Iraque de Saddam. A revista Time não é uma publicação de fundamentalistas islâmicos nem é comunista; é tradicionalmente um jornal ocidental e não anti-americano. E assim são seus leitores, pessoas de um certo nível cultural e social, em grande parte burgueses americanos e britânicos e, de qualquer forma, bons conhecedores do idioma inglês. A pesquisa foi apresentada pela Time com uma pequena página explicativa bastante clara e certamente não tendenciosa, na qual se esclarece que o governo americano suspeita que o Iraque possua armas atômicas, químicas e biológicas, e que Washington julgou mentirosas as 12.000 páginas enviadas por Saddam à Onu, para se desculpar das acusações de rearmamento. Explica-se que, atualmente, está em curso no Iraque uma inspecção da ONU. E, ainda, fala sobre a Coréia, afirmando que o país certamente possui armas atômicas e que poderia utilizá-las. Finalmente, a Time faz a pergunta direta: em sua opinião, quem é o mais perigoso? O resultado da pesquisa, da qual participaram 10 mil pessoas, revela algo muito interessante a respeito da relação entre opinião pública e meios de comunicação de massa: de que existe uma opinião pública que se forma paralelamente à política oficial e que "ignora" os jornais e as televisões. Estamos nas vésperas de uma guerra dos EUA contra o Iraque, na qual participará também a Grã-Bretanha e, talvez, outros países; a grande maioria das forças políticas ocidentais com exceção da esquerda italiana, parte da esquerda alemã, e setores importantes do mundo político francês urgem pelo conflito e dizem ser ele inevitável; praticamente a totalidade dos órgãos de informação, de um modo mais ou menos apaixonado, apoia a guerra; todos falam das coisas nefastas provocadas por Saddam; não é surpreendente, num clima desses, descobrir que uma ampla opinião pública burguesa esteja convencida de que o monstro real seja George W. Bush? Em que bases chega a esta conclusão? Na base do simples bom senso que, evidentemente, parece não ter sido destruído apesar dos milhares de editoriais e campanhas da imprensa. A opinião pública se limita a levantar algumas questões simples: quem está deslocando tropas para atacar uma nação independente? Quem concebeu um projeto para ocupar militarmente esse país, para transformá-lo, durante alguns anos, em protetorado, e para governar os poços de petróleo? Da resposta, inequívoca, a essas perguntas, decorre a decisão de votar em Bush como primeiro "estadista canalha". Isso significaria que o anti-americanismo está se espalhando no mundo? Podemos colocar as coisas dessa forma, mas não é verdade. O anti-americanismo se espalha e não poderia ser de outro modo em todos os países do mundo (o terceiro mundo), que sofrem com a prepotência política, econômica e militar dos EUA. E pagam o preço com milhões de vidas humanas à política econômica de Washington ou às agressões militares. Mas no ocidente, ou seja, no mundo privilegiado, que recebe do desenvolvimento e da política agressiva dos EUA também muitas vantagens econômicas, não existe nenhum anti-americanismo. Existe só a convicção de que não se pode continuar eternamente governando o mundo com a ditadura de uma superpotência, a qual abole a legalidade internacional, transforma os seus interesses em interesses gerais, opera para concentrar cada vez mais todos os direitos e todas as riquezas no primeiro mundo (onde vive nem mesmo um quinto da humanidade). E se torna cada vez maior a parte da opinião pública "moderada", que gostaria de que essa agressão e essa insensata e sanguinária corrida ao ouro acabasse. E entende que para pôr um fim a isso, é preciso derrotar os EUA politicamente, em particular o grupo político-econômico formado por militares e petroleiros, que atualmente assumiram o comando. Não se trata da opinião dos black blocks, mas de uma opinião pública e "moderada".
08.01.2003 Sondaggio shock del Time: il vero pericolo per la pace viene dagli Stati Uniti di Piero Sansonetti La rivista Time, nella sua edizione on-line europea, ha lanciato un sondaggio tra i lettori (che, come vedete nella Home Page abbiamo deciso di riproporre pari pari). Domanda semplicissima e chiara: qual è, in tutto il mondo, la nazione che oggi rappresenta il pericolo più grande per la pace? Il risultato è netto come la domanda: la maggioranza assoluta dei lettori, e cioè il 55,4%, pensa che la nazione più pericolosa di tutte usando le parole di Bush potremmo dire "la nazione canaglia" per eccellenza sia la nazione americana. Poi cè un buon quarto dei lettori che individua il pericolo più grande nella Corea del Nord (il 25,7%), e infine una netta minoranza, meno del 19 per cento, che è daccordo con il governo degli Stati Uniti e crede che il pericolo sia lIraq di Saddam.
Il Time non è un giornale dei fondamentalisti islamici, non è comunista, è per tradizione un giornale occidentale e non anti-americano. E così sono i suoi lettori, gente di un certo livello culturale e sociale, in gran parte borghesi americani o britannici e i ogni caso buoni conoscitori della lingua inglese. Il sondaggio è stato presentato da Time con una paginetta esplicativa piuttosto chiara e certo non tendenziosa. Nella quale si spiega che il governo americano sospetta che lIraq possieda armi atomiche, chimiche e biologiche, e che Washington ha giudicato un mucchio di bugie le 12.000 pagine inviate da Saddam allOnu per discolparsi dalle accuse di riarmo. Si spiega che attualmente è in corso in Iraq unispezione dellOnu. E infine si parla della Corea, e si dice che possiede sicuramente armi atomiche e che potrebbe usarle. Infine Time pone la domanda secca: secondo voi chi è il più pericoloso? Il risultato del sondaggio, al quale hanno partecipato fino ad ora, 10 mila persone, ci dice qualcosa di molto interessante sui rapporti tra opinione pubblica, politica e mass-media. Ci dice che ormai esiste unopinione pubblica che si forma al di fuori della politica ufficiale e che "ignora" giornali e televisioni. Siamo alla vigilia della guerra degli Usa contro lIraq, alla quale parteciperà anche la Gran Bretagna e forse altri paesi delloccidente; la stragrande maggioranza delle forze politiche occidentali esclusa la sinistra italiana, parte della sinistra tedesca, e settori importanti del mondo politico francese premono per il conflitto e spiegano che è inevitabile; la quasi totalità degli organi di informazione, in modo più o meno appassionato, appoggia la guerra; tutti raccontano delle atroci nefandezze di Saddam: non è sorprendente, in questo clima, scoprire che una ampia opinione pubblica borghese sia convinta che il mostro vero è George W. Bush? Su quali basi arriva a questa conclusione? Sulla base del semplicissimo buon senso, che evidentemente non viene intaccato da tonnellate di editoriali o di campagne di stampa. Lopinione pubblica si limita a porsi qualche domanda facile: chi sta spostando le sue truppe per attaccare un paese indipendente? Chi ha scritto un progetto per occupare militarmente questo paese, per trasformarlo per alcuni anni in protettorato e per governarne i pozzi di petrolio? Dalla risposta, univoca, a queste domande viene la decisione di votare Bush come primo "statista canaglia". Cosa vuol dire: che lantiamericanismo sta dilagando nel mondo? Se vogliamo dirla così, possiamo farlo. Però non è vero. Lantiamericanismo dilaga- e non potrebbe essere altrimenti in tutti quei paesi del mondo (del terzo mondo) che subiscono la prepotenza politica, economica e militare degli Stati Uniti. E pagano il prezzo di milioni di vite umane alla politica economica di Washington o alle aggressioni militari. Ma in occidente, cioè nel mondo privilegiato che riceve dallo sviluppo e dalla politica aggressiva degli Stati Uniti anche molti vantaggi economici, non cè nessun anti-americanismo. Cè solo la convinzione che non si può continuare in eterno a governare il mondo con la dittatura di una superpotenza, che abolisce la legalità internazionale, che trasforma i suoi interessi in interessi generali, che opera per accentrare sempre di più tutti i diritti e tutte le ricchezze nel primo mondo (dove vive neanche un quinto dellumanità). E diventa sempre più grande quella parte di opinione pubblica "moderata" che vorrebbe che questa aggressione e questa insensata e sanguinosa corsa alloro finisse. E capisce che per farla finire occorre sconfiggere politicamente gli Stati Uniti e in particolare il gruppo politico-economico, costituito da militari e petrolieri, che attualmente ne ha assunto la guida. Non è unopinione pubblica composta da black block: è unopinione pubblica saggia e "moderata".
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