Botero-Abu Ghraib

 

 


José Mercader
Rebelión

13 de abril de 2005

Tradução Imediata

As fotos dos cárceres de Abu Ghraib retrataram de corpo inteiro e nu Bush, Rumsfeld, Colin Powell, Cheney como carniceiros sem piedade, embora ele andem sem roupa, como aquele rei. Junto a essas fotos circularam também aquelas tomadas em Guantânamo, onde os prisioneiros não são torturados, onde os prisioneiros são combatentes inimigos, como se o título à condição de prisioneiro mudasse a bestialidade com que são tratados. O simples fato de deter alguém e meter-lhe uma capa de plástico na cabeça já é uma tortura, e essa ação não é feita somente ao se deter alguém, mas também quando esse alguém já está recluso na prisão, a maldita capa continua sendo posta. Pegos com as mãos na massa, com todas as fotos que saíram à luz pública, além dos testemunhos de soldados renegados, as negativas para que comissões de direitos humanos visitem os lugares onde estão os prisioneiros, o governo Bush pretendeu justificar-se dando a entender que essa é uma prática isolada e não, como sabe todo o mundo, uma prática que vem desde que os gringos pisaram em solo americano. O general Phillip Sheridan dizia que um índio bom é um índio morto. Os massacres dos autóctones e a forma detalhada descrita pelos poucos sobreviventes das reservas falam de matanças de inteiras populações incluindo mulheres, crianças e anciãos, porque esses selvagens sangüinários impediam o progresso e a civilização, segundo o próprio Theodore Roosevelt. Nas primeiras incursões ao oeste, os soldados gringos mataram em muito pouco tempo mais de 3 milhões de búfalos, para impedir que os autóctones pudessem comer. O governo dos EUA e o seu exército estavam convencidos de que, para ocupar o território, deviam matar os índios, e assim o fizeram, porém de uma maneira verdadeiramente selvagem e sangüinária, como em Wounded Knee, em 1890. E essa mentalidade de pilhagem, de roubo, ficou instalada como política normal oficial nos governantes que se seguiram até hoje. O que fizeram no Afeganistão e Iraque não tem muita diferença daquelas matanças. Os bombardeiros criminais contra Faluja, e contra todos os povoados onde havia civis, as torturas, os aprisionamentos ilegais, o roubo do petróleo, tudo isso é normal para eles, porque a sua única razão é a força, e os únicos privilegiados são eles, como parte de uma sociedade que pode permitir-se tudo. Se ele têm que eliminar o povo sangüinário e selvagem iraquiano ao completo para dominar, não vacilarão nem um segundo (primeiro a partir dos aviões, porque são covardes). Claro, isso se não existisse uma resistência com dignidade e coragem.

As fotos dos cárceres não só dão náusea, como raiva, impotência frente ao abuso, e pior, frente ao cinismo e à hipocrisia de querer apresentar-se como os juízes dos povos, em matéria de direitos humanos. E essa cólera, essa indignação, é a que sentimos todos, ao ver essas fotos. É a mesma reação que sentiu Botero e que plasmou em 50 obras que exporá a partir de 16 de junho no Palazzo Venezia de Roma.

 Esta exposição é de uma importância enorme, pelo seu caráter de denúncia contra a violência, a guerra, a ocupação gringa, porque se retoma o tema, silenciado pelos meios de comunicação, como se tivessem parado de torturar, como se os abusos não continuassem, como se os milhares de iraquianos encarcerados irracional e injustamente estivessem livres, em um país democrático que até realiza eleições. Não é somente em Abu Ghraib e em Guantânamo onde se tortura, tortura-se em todos os cárceres norte-americanos e não agora, mas desde sempre. Botero, que crê que a pintura deva ser mais que decorar as paredes de uma mansão, declarou que essas pinturas são de sua coleção e que servirão para serem expostas de modo itinerante. Faz muito tempo que a pintura deixou de ser esse veículo educador, pedagógico, esse instrumento capaz de criar consciência. Esta exposição vai ter o mesmo efeito junto ao público que as obras dos muralistas mexicanos, como o Guernica de Picasso, como as obras de Guayasamin.

Anterior a esta série, que ele denomina de Abu Ghraib, Botero tinha realizado outra, denunciando a violência em sua Colômbia natal.

 O momento em que se anuncia a exposição não podia ter sido melhor escolhido, porque é agora, precisamente, que são debatidas questões sobre os direitos humanos em Genebra e onde os gringos, uma vez mais, pretendem nos fazer engolir a pílula do joguinho de condenação a Cuba, como se fôssemos prisioneiros de seus cárceres. Porém, não se surpreendam se a CNN anunciar o evento como uma homenagem do pintor a Bush, por seus êxitos no Iraque e por ser um grande defensor dos direitos humanos.

 

 

Botero-Abu Ghraib

José Mercader

Rebelión 13-04-2005

Las fotos de las cárceles de Abu Ghraib retrataron de cuerpo entero y al desnudo a Bush, a Rumsfeld, a Colin Powell, a Cheney como unos carniceros sin piedad, aunque ellos andan sin ropa como aquel rey. Junto a esas fotos circularon también las tomadas en Guantánamo, donde los prisioneros no son torturados, donde los prisioneros son combatientes enemigos, como si el título a la condición de prisionero cambiara la bestialidad con que son tratados. El simple hecho de que a alguien lo detengan y le metan una funda de plástico en la cabeza, ya es una tortura, y esta acción no se hace solamente al detenerse a alguien , sino que ya recluido en la prisión, la maldita funda sigue puesta. Atrapados con las manos en las masas, con todas las fotos que han salido a la luz pública, más los testimonios de soldados renegados, las negativas a que comisiones de derechos humanos visiten los lugares donde están los prisioneros, el gobierno de Bush ha pretendido justificarse dando a entender que eso es una práctica aislada y no como lo sabe todo el mundo, una práctica que viene desde que los gringos pisaron suelo americano. El general Phillip Sheridan decía que un buen indio, es un indio muerto. Las massacres de autóctonos y la forma detallada descrita por los pocos sobrevivientes de las reservas hablan de matanzas a poblaciones enteras incluyendo mujeres, niños y ancianos porque esos salvajes sanguinarios impedian el progreso y la civilización según el propio Theodore Roossevelt. En las primeras incursiones en el oeste, los soldados gringos mataron en muy poco tiempo más de 3 millones de búfalos para impedir que los autóctonos comieran. El gobierno de EU y su ejército estaban convencido que para ellos ocupar el territorio debían matar a los indios y asi lo hicieron, pero de una manera verdaderamente salvaje y sanguinaria como en Wounded Knee en 1890. Y esa mentalidad del pillaje, del robo quedó instalada como política normal oficial, en los gobernantes que siguieron hasta hoy día. Lo que han hecho en Afganistán e Irak no tiene mucha diferencia de aquellas matanzas. Los bombardeos criminales a Faluya, a todos los pueblos donde habían civiles, niños, lo demuestra. Los bombardeos a civiles, las torturas, los apresamientos ilegales, el robo del petróleo, todo eso es normal para ello, porque su única razón es la fuerza, y los únicos privilegiados son ellos como parte de una sociedad que se lo puede permitir todo. Si ellos tienen que eliminar al pueblo sanguinario y salvaje iraquí completo para hacerlo suyo, no le temblará el pulso ( primero desde los aviones porque son cobardes). Claro, si no existiera una resistencia con dignidad y coraje.

 

 

Las fotos de las cárceles no sólo dan náusea, sino rabia, impotencia ante el abuso, y peor ante el cinismo y la hipocresía de querer presentarse como los jueces de los pueblos en materia de derechos humanos. Y esa cólera, esa indignación es la que hemos todos sentido al ver las fotos. Es la misma reacción que ha sentido Botero y que ha plasmado en 50 obras que expondrá el 16 de junio en el Palacio Venecia de Roma.

 

Esta exposición es de una importancia enorme, por su carácter de denuncia a la violencia, a la guerra, a la ocupación gringa ,porque se retoma el tema, callado por los medios como si se hubiese cesado de torturar, como si los abusos no continuaran , como si los miles de iraquíes irracional e injustamente encarcelados estuviesen libres en un pais democratico que hasta celebra elecciones. No solamente es en Abu Ghraib y en Guantánamo donde se tortura, se tortura en todas las cárceles norteamericanas y no ahora, sino desde siempre. Botero, quien cree que la pintura debe servir más que para decorar los muros de una mansión, ha declarado que estas pinturas son de su colección y que servirán para exponerlas itinerariamente. Hace mucho tiempo que la pintura dejó de ser ese vehículo educador, pedagógico, ese instrumento capaz de crear conciencia. Esta exposición queda en el público como las obras de la época de los muralistas mejicanos, como el Guernica de Picasso, como las obras de Guayasamin.

 

Anterior a esta serie que él denomina Abu Ghraib, Botero había realizado otra denunciando la violencia en su Colombia natal.

 

El momento en que se anuncia la exposición no podía ser mejor escogido porque es ahora precisamente donde se debaten cuestiones sobre los derechos humanos en Ginebra y donde los gringos, una vez mas, pretenden hacernos tragar la píldora del jueguito de la condena a Cuba, como si fuésemos prisioneros de sus cárceles. Pero no se sorprendan si la CNN la anuncia como un homenaje del pintor a Bush por sus éxitos en Irak y por ser un gran defensor de los derechos humanos.

 

 

Botero retrata horrores das torturas estadunidenses em prisão do Iraque

Fonte: AFP/La Jornada – 13-04-2005

Tradução Imediata

Bogotá, Colômbia, 10 de abril. Uma série de 50 pinturas alusivas às torturas praticadas por soldados estadunidenses na tristemente célebre prisão iraquiana de Abu Ghraib será exposta a partir do próximo 16 de junho em Roma pelo pintor e escultor colombiano Fernando Botero, revelou este domingo a imprensa de Bogotá.

"Me provocou um choque total essa conduta dos americanos, o mesmo que produziu em todo o mundo, especialmente porque os Estados Unidos são o modelo da compaixão", disse Botero à revista colombiana Diners que publica a totalidade das imagens da série, na edição que circula a partir deste domingo.

"Os fatos que aconteceram nas celas iraquianas foram graves, muito graves. E ainda mais porque ignoram completamente o que estipula para os prisioneiros a Convenção de Genebra", acrescentou o artista.

Segundo Germán Santamaría, diretor de Diners, "enquanto trabalhava em seu estúdio de Nova York, ou em Paris, ou em Pietrasanta (Itália), Botero nos contava como ia parindo essas obras 'nascidas da ira diante de tal horror'".

Santamaría indicou que o artista plástico anunciou que a exposição será apresentada posteriormente na Alemanha e em outros países, "e que não tem intenção de vender as obras, pois serão entregues a museus para guardar a memória da história universal dessa infâmia".

Segundo Diners, todas as peças da exposição estão tituladas simplesmente Abu Ghraib e numeradas de 1 a 50. Incluem dois enormes trípticos, três pinturas de grande formato, assim como dezenas de desenhos de porte médio, inspirados "nestas bárbaras cicatrizes da guerra no Iraque".

O pintor colombiano, caracterizado pela obesidade de seus personagens, exibirá as 50 pinturas e desenhos no Palazzo Venezia, antiga residência do líder fascista Benito Mussolini e local reservado para as grandes figuras da pintura universal. Botero é o primeiro pintor vivo que vai expor ali, assinalou, de sua parte, o jornal El Tiempo de Bogotá.

Não é a primeira vez que Botero, com 72 anos e nascido na cidade de Medellín (400 quilômetros ao noroeste de Bogotá), dedica seu esforço para refletir sobre situações de violência.

Em abril de 2004, o artista colombiano inaugurou em Bogotá uma exposição com o tema da violência, para chamar à reflexão sobre o grave conflito de seu país. A coleção, formada por umas 50 obras, foi doada ao Museu Nacional da capital colombiana.

Em sua obra, Botero apresentou pinturas como Carrobomba, Guerrilleros e Manuel Marulanda, que representa o chefe máximo da guerrilha das FARC, mais conhecido como Tirofijo. Esses quadros foram doados ao emissor Banco da República em 2000.

 

Botero retrata horrores de las torturas estadunidenses en prisión de Irak

AFP/La Jornada 13-04-2005

 

Bogota, Colombia, 10 de abril. Una serie de 50 pinturas alusivas a las torturas practicadas por los soldados estadunidenses en la tristemente célebre prisión iraquí de Abu Ghraib será expuesta a partir del próximo 16 de junio en Roma por el pintor y escultor colombiano Fernando Botero, reveló este domingo la prensa de Bogotá.

"Me produjo un choque total esta conducta de los americanos, el mismo que le produjo al mundo entero, especialmente porque Estados Unidos es el modelo de la compasión", dijo Botero a la revista colombiana Diners que publica la totalidad de las imágenes de la serie en la edición que circula a partir de este domingo.

"Los hechos que acontecieron en las celdas iraquíes fueron graves, muy graves. Y más aún porque ignoran por completo lo señalado para prisioneros de guerra por la Convención de Ginebra", agregó el artista.

Según Germán Santamaría, director de Diners, "mientras trabajaba en su estudio de Nueva York, o en París, o en Pietrasanta (Italia), Botero nos contaba cómo iba pariendo esas obras 'nacidas de la ira ante tal horror'".

Santamaría indicó que el artista plástico anunció que la exposición será presentada posteriormente en Alemania y otros países, "y que no tiene intención de vender las obras, pues serán entregadas a museos para guardar la memoria de la historia universal de esa infamia".

De acuerdo con Diners, todas las piezas de la exposición están tituladas simplemente Abu Ghraib y numeradas del 1 al 50. Incluyen dos enormes trípticos, tres pinturas de gran formato, así como decenas de dibujos de mediano tamaño, inspirados en "estas bárbaras cicatrices de la guerra en Irak".

El pintor colombiano, caracterizado por la obesidad de sus personajes, exhibirá las 50 pinturas y dibujos en el Palacio Venecia, antigua residencia del líder fascista Benito Mussolini y sitio reservado para las grandes figuras de la pintura universal. Botero es el primer pintor vivo que expone allí, señaló por su parte el diario El Tiempo de Bogotá.

No es la primera vez que Botero, de 72 años y nacido en la ciudad de Medellín (400 kilómetros al noroeste de Bogotá), dedica su esfuerzo a reflejar situaciones de violencia.

En abril de 2004, el artista colombiano inauguró en Bogotá una exposición con el tema de la violencia, para llamar a la reflexión sobre el grave conflicto de su país. La colección, conformada por unas 50 obras, fue donada al Museo Nacional de la capital colombiana.

Dentro de su obra, Botero ha presentado pinturas como Carrobomba, Guerrilleros y Manuel Marulanda, que representa al máximo jefe de la guerrilla de las FARC, más conocido como Tirofijo. Esos cuadros fueron donados al emisor Banco de la República en el año 2000.

 

Envie um comentário sobre este artigo