A derrota

 

 


Tommaso di Francesco
Il Manifesto
6 de maio de 2004

Tradução Imediata

Torturas, que torturas? É o exército americano que está lá, não meia dúzia de mercenários ocupando um país e suas riquezas. De que tortura estão falando? Porque o presidente da única potência que sobrou corre para expliacar, às tvs árabes, que acha "repugnantes" as imagens dos seus soldados torturando prisioneiros iraquianos? Explicavam Bush, o uau-uau de confiança Blair e o estepe Berlusconi, que com a guerra para debelar o terrorismo, nunca provado, e as armas de destruição em massa, nunca descobertas, o Ocidente se tornava portador da democracia. Agora a verdade no campo sobre as palavras-senha da guerra: "Golpeie e Terrorize", aparece toda em uma seqüência de fotos, inesquecíves. Nos perguntamos demais como o mundo árabe reagirá. Deixemos para aquele mundo pelo menos o direito de se rebelar, como fazem os familiares dos prisioneiros de Abu Ghraib. Merecem mesmo silêncio e respeito.

Não, aquelas imagens falam de nós. Não há nenhuma credibilidade moral para o nosso mundo necessitado de restauros, sobretudo agora que as "indignações" confirmam que a ocupação continua. Assim repete Bush, que anuncia que em seu time — melhor seria dizer seu bando — não se mexe, assim como Blair e Berlusconi. Agora que repetem a mentira da "exceção": 25 prisioneiros torturados até a morte são uma prática contínua, quase uma rotina. É uma Guantânamo amplamente difundida.

Dobrar, demolir o espírito, humilhar porque, por força, devem aceitar a civilização do carcereiro. Mísseis e golpes de canhão, para depois um "Grande Oriente Médio". A isso ficou reduzida a democracia que nos enche a boca, imposta com choques elétricos, estupros, violências até a morte. No desprezo do inimigo indefeso.

Muito se falou da comparação com o Vietnã. Mas na realidade a tortura é uma constante que volta a se fazer presente, idêntica. Naquela época, a derrota americana não veio das batalhas em campo, asssim como foi para os franceses há exatamente 50 anos, em Dien Bien Phu. Foi um estilicídio. Mas foram também as imagens da carnificina de Mi Lay e as torturas dos pequenos vietnamitas em seus pijamas negros a testemunhar o início do fim, com a falta de credibilidade daquela guerra.

A máquina da guerra anglo-americana e a "terceira força" italiana — porque excluir que os italianos também praticaram a tortura? — cinge o Iraque com uma coleira. A força da máquina despedaça o que sobra da ONU e do direito internacional. Mas a seqüência de fotos das torturas aos prisioneiros iraquianos revela que, seja qual for o fim, os Estados Unidos da América já perderam a guerra.

 

La sconfitta

TOMMASO DI FRANCESCO

Torture, quali torture? C'è l'esercito americano mica quattro mercenari ad occupare un paese e le sue ricchezze. Di che torture straparlano? Perché il presidente dell'unica potenza rimasta corre a spiegare alle tv arabe che trova ´ripugnantiª le immagini dei suoi soldati che torturano prigionieri iracheni? Spiegavano, Bush, il fido Blair e il rincalzo Berlusconi, che con la guerra per debellare il terrorismo, mai provato, e le armi di distruzione, mai scoperte, l'Occidente si faceva portatore di democrazia. Ora la verità sul campo della parola d'ordine della guerra: ´Colpisci e terrorizzaª, appare tutta in una sequenza di foto, indimenticabili. Troppo c'interroghiamo di come il mondo arabo reagirà. Lasciamo a quel mondo almeno il diritto di ribellarsi, come fanno i familiari dei prigionieri di Abu Ghraib.

Meritano davvero silenzio e rispetto. No, quelle immagini parlano di noi. Non c'è alcuna credibilità morale del nostro mondo da restaurare, soprattutto ora che le ´indignazioniª confermano che l'occupazione continua. Così ripete Bush, che annuncia che la sua squadra - meglio sarebbe dire la sua banda - non si tocca, così Blair e Berlusconi. Ora che ripetono la menzogna dell' ´eccezioneª: 25 prigionieri torturati a morte sono una pratica continuata, quasi una routine. E' una Guantanamo diffusa.

Piegare, demolire nello spirito, umiliare perché a forza devono accettare la civiltà del carceriere. Missili e cannonate, ma poi il ´Grande Mediorienteª. A questo è ridotta la democrazia che ci riempie la bocca, imposta con scosse elettriche, stupri, violenze fino alla morte. Nel disprezzo del nemico indifeso.

Troppo si è parlato del paragone con il Vietnam. Ma davvero la tortura è un continuum che torna, eguale. Allora la sconfitta americana non venne da battaglie campali, come per i francesi 50 anni fa esatti a Dien Bien Phu. Fu uno stillicidio. Ma furono anche le immagini della strage di Mi Lay e le torture sui piccoli vietnamiti in pigiama nero a testimoniare l'inizio della fine con il venir meno della credibilità di quella guerra.

La macchina da guerra angloamericana e la ´terza forzaª italiana - perché escludere ormai che anche gli italiani abbiano praticato la tortura? - tengono l'Iraq in una morsa. La loro forza fa a pezzi quel che resta dell'Onu e del diritto internazionale. Ma la sequenza delle foto delle torture ai prigionieri iracheni dice, comunque vada a finire, che gli Stati uniti d'America hanno perso la guerra.

 

 

Envie um comentário sobre este artigo