Os donos do mundo

 

 


Randy Alonso Falcón
Granma
5 de agosto de 2002

Tradução Imediata

Como na época dos grandes senhorios feudais, a globalização nos trouxe de volta o poder concentrado em uns poucos feudos, que decidem a vida de milhões e milhões de pessoas no planeta. Duzentas empresas transnacionais controlam a economia internacional, a política e a informação.

A fusão da AOL e do conglomerado Time Warner confirma a concentração do poder dos meios de comunicação em poucas mãos.

Para que o círculo de dominadores seja cada vez mais estreito e poderoso, uma avalanche de fusões e aquisições de empresas e firmas vem ocorrendo, desde o começo dos anos oitenta, reduzindo o poder empresarial a um punhado de consórcios que tem varrido as fronteiras para conquistar novos mercados e arrasar com os competidores locais. Assim, no ano 2000, segundo a empresa canadense Thomson Financial, houve 38.292 transações de aquisições e fusões, totalizando cerca de 3,5 bilhões de dólares.

Dois terços do comércio mundial realiza-se entre as multinacionais, e ao interior de suas matrizes e filiais. A cifra de negócios anuais dos 200 maiores grupos transnacionais é superior à quarta parte da produção mundial e cresce a um ritmo duas vezes superior ao do Produto Interno Bruto dos países que integram a OCDE, "o clube dos países ricos" e já supera a produção total acumulada dos mais de 180 países que não integram a OCDE, onde vive, contudo, a imensa maioria da população do planeta.

Tal expansão e domínio têm se sustentado na exploração desmedida dos recursos naturais e da vilipendiada força de trabalho das nações do Sul.

MAQUILADORAS DO SUOR

Para vender-lhes o sonho de ser como o grande Michael, a Nike oferece a seus clientes, por 200 dólares, a sua versão XVll dos tênis Air Jordan. O calçado esportivo é fabricado na Indonésia por crianças que trabalham 12 horas por apenas 1 dólar. A soma anual dos salários das fábricas Nike na Indonésia é inferior ao contrato de publicidade que a empresa tem com o astro do basquetebol. Um trabalhador indonésio da Nike precisaria de 44.000 anos para ganhar o que Michael Jordan recebe em apenas um ano, em função do seu acordo publicitário com a Nike.

As fábricas da Reebok, Adidas e outras marcas, são similares. No distrito de Sialkot, Paquistão, são fabricados dois terços da produção mundial de bolas costuradas a mão. Milhares de crianças desenvolvem esse trabalho em troca de salários miseráveis e em condições humilhantes.

OBJETOS DESCARTÁVEIS

Nesta época em que nos dizem que consumir é ser, o empório de supermercados Wal-Mart Stores recebe milhões de clientes todos os dias. Suas receitas são tão notórias que já no 2001, a Wal-Mart passou a ser a empresa com maior volume de vendas entre as 500 principais transnacionais. Seus mais de 900 mil empregados são proibidos de se afiliarem a qualquer sindicato. Quando essa idéia vem à mente de algum funcionário, o indivíduo passará a ser um desempregado imediato.

Os restaurantes Mc Donald's chegaram aos mais inimagináveis lugares com a sua comida descartável. Com eles, chegou também a escravidão para os trabalhadores da companhia em todo o planeta: trabalhar muito e sem chiar. Para eles não existe direito de sindicalização.

A difícil situação econômica mundial colocou os trabalhadores em piores condições. Quase 2 milhões deles foram para o olho da rua no ano passado nos EUA. As grandes companhias aéreas norte-americanas receberam mais de 15 bilhões de dólares para enfrentar a crise decorrente dos acontecimentos do 11 de setembro, apesar disso, mais de 100.000 pessoas do setor aeronáutico foram despedidas.

No México, a multinacional Canon Inc. decidiu fechar em maio a sua fábrica de impressoras a tinta. Foram despedidos 417 funcionários. A causa: reduzir os custos. A Canon transferirá a sua fábrica para a Tailândia, onde poderá pagar salários mais baixos.

GENOCÍDIO NO AMAZONAS

Como os conquistadores espanhóis, que trocavam com os indígenas espelhinhos por ouro, a empresa de petróleo italiana Agip Oil conseguiu a permissão das comunidades indígenas do Equador para explorar seu território e extrair cru em troca da entrega, para as seis comunidades, de 50 kg de arroz e igual quantidade de açúcar, dois cubos de gordura, uma bolsa de sal, um apito de juiz e duas bolas de futebol, 15 pratos, 15 xícaras e um armário com 200 dólares de remédios, em uma remessa única.

Pela selva amazônica anda também a Texaco, repartindo suas quotas de morte. Em sua área equatoriana, verteram milhares de galões de petróleo em rios como o Napo, causando uma alta contaminação. Os peixes dos rios e os animais terrestres mudaram seu habitat, em função das explosões causadas pela empresa de petróleo. A Texaco extraiu, nos últimos 25 anos, uns 1.300 milhões de barris de petróleo da região amazônica.

CONDENADOS AO ESQUECIMENTO

Os enfermos do Terceiro Mundo não contam, para as grandes transnacionais farmacêuticas. O mercado e a ganância indicam quais são as doenças que merecem ser curadas e quais as que não merecem que a indústria farmacêutica se interesse por elas. De 1.223 novos medicamentos postos em circulação entre 1975 e 1997, só 11 se endereçavam às doenças tropicais. Em seu afã de lucros, as farmacêuticas consideram como nada "rentável" destinar fundos a enfermidades que, embora bastante difundidas, atacam populações com escasso ou nenhum poder aquisitivo. A lógica irracional do mercado leva a gastar milhões de dólares em pesquisas para o Viagra, e zero centavos para novos tratamentos contra a malária, que mata anualmente quase 2 milhões de pessoas.

VENDER O SONHO AMERICANO

Os Estados Unidos enchem os sonhos do mundo com seus heróis, inundando as telas do planeta com as produções de Hollywood e as televisões com seus seriados "made in USA". A Internet somou-se a essa cruzada, tomando corpo de galeria comercial ou imenso supermercado planetário, transformando os meios em máquinas de vender produtos e serviços predominantemente norte-americanos.

O clímax do poder dos meios e a sua maior concentração em cada vez menos mãos, ocorreu com a megafusão, em fevereiro de 2000, entre a American Online (AOL), líder mundial de Internet, e o conglomerado Time Warner, primeiro grupo de comunicação em escala planetária. Assim se reproduzem as mesmas mensagens a mais de um bilhão de telespectadores que têm o canal de informações CNN e o dos filmes HBO, aos 13 milhões de assinantes do Time Warner Cable, aos 120 milhões de assinantes de revistas e semanais como Time, People, Fortune, Life, Spot Ilustrated; aos compradores dos mais de um bilhão de livros vendidos anualmente pelo Book of the Month Club, Time-Life e Warner Books, às centenas de milhões de cinéfilos que vêem os filmes e os desenhos animados da Warner Bros, aos milhões de melomaníacos que acompanham aos mais de mil artistas contratados pelo Warner Music Group, ou os mais de 25 milhões de internautas que pagam os serviços da AOL. Todo um império midiático em função de vender o "sonho americano", o principal produto de exportação desse país.

É certo que hoje a AOL-Time Warner está com sérios problemas, assim como ocorre com o próprio sonho americano.

COMPRAM-SE OS POLÍTICOS

As grandes corporações multinacionais estão sempre prontas a investir na compra de políticos que assegurem os seus grandes interesses econômicos. Os políticos do capital estão sempre preparados para se venderem ao melhor licitante.

Ronald Reagan foi um aporte da General Electric ao mundo político norte-americano. Reagan era um péssimo ator de cinema quando se tornou apresentador do Teatro da General Electric na NBC. A GE patrocinou a carreira política do vaqueiro californiano, organizando-lhe conferências de costa a costa nos Estados Unidos. Segundo o advogado Tom Turnipspeed, "Reagan era o charlatão político ideal para a filosofia corporativa de ganância ilimitada dos EUA, que põe os lucros acima das pessoas". Em seus oito anos de governo, Reagan se encarregou de oferecer uma gigantesca vantagem fiscal aos ricos, reduzir muitas regulamentações de saúde e de segurança para as empresas e propulsionar um gigantesco aumento do orçamento militar, que beneficiou os contratantes da Defesa como a General Electric.

Carl Lidner, o dono da transnacional das bananas Chiquita, doou mais de 1,5 milhões de dólares para a campanha presidencial de democratas e republicanos em 1996. Com o pagamento, Lidner foi o primeiro convidado exclusivo de Clinton a profanar a residência de Lincoln na Casa Branca. Porém ainda mais importante: os Estados Unidos apresentaram perante a OMC um litígio, que ganharam, contra o regime bananeiro da União Européia com relação aos países do Caribe, o qual afetava os lucros da Chiquita e de outras bananeiras norte-americanas. Favores se pagam.

A multinacional do setor de energia ENRON, nome famoso nesses dias, foi um dos mais generosos contribuintes aos partidos políticos durante a última década. O presidente Bush e seu vice Richard Cheney foram dos que mais se beneficiaram, como favorecidos receptores das doações. Uma vez desatado o escândalo da quebra da Enron, é sabido que Cheney se reuniu com altos executivos da corporação antes que o executivo propusesse ao Congresso uma Lei de Energia que favorecesse as grandes empresas de energia e petróleo.

O VERDADEIRO PODER MUNDIAL

Fruto da injusta e desigual ordem atual, o peso das transnacionais na economia globalizada é superior ao de muitos estados. O volume de vendas da General Motors, por exemplo, é superior ao PIB da Dinamarca e o da Exxon Mobil supera aquele da Áustria. As 500 maiores empresas controlam mais de dois terços do comércio mundial. As três pessoas mais ricas do mundo têm ativos superiores à soma do Produto Nacional Bruto dos 48 países mais pobres.

A globalização neoliberal se tornou a ditadura econômica mundial de poucas centenas de transnacionais. O poder tem nomes clássicos como Agnelli ou Rockefeller; nomes de famílias como Guinnes, Ford ou Philip e nomes de novos ricos como Gates, Soros ou Ellison. Assim se chamam os impérios do século XXI.

 

 

5 de agosto del 2002

 

Los amos del mundo

Randy Alonso Falcón

Granma

Como en la época de los grandes señoríos feudales, la globalización nos ha traído de vuelta el poder concentrado en unos pocos feudos, que deciden la vida de miles de millones de personas en el planeta. Doscientas empresas transnacionales controlan la economía internacional, la política y la información.

La fusión de AOL y el conglomerado Time Warner confirma la concentración del poder de los medios de comunicación en unas pocas manos.

Para que el círculo de dominadores sea cada vez más estrecho y poderoso, una avalancha de compras y fusiones de empresas y firmas se viene sucediendo desde comienzos de los años ochenta, reduciendo el poder empresarial a un puñado de consorcios que han barrido las fronteras para conquistar nuevos mercados y arrasar con los competidores locales. Así, en el año 2000, según la firma canadiense Thomson Financial, hubo 38 292 transacciones de compras y fusiones, totalizando cerca de 3,5 billones de dólares.

Dos tercios del comercio mundial se rea-liza entre las multinacionales, y al interior de sus casas matrices y sus filiales. La cifra de negocio anual de los 200 mayores grupos transnacionales es más de la cuarta parte de la producción mundial y crece a un ritmo dos veces superior al del Producto Interno Bruto de los países que integran la OCDE, "el club de los países ricos" y supera ya la producción total sumada de los más de 180 países que no integran la OCDE, pero donde vive la inmensa mayoría de la población del planeta.

Tal expansión y dominio se ha sustentado en la explotación desmedida de los recursos naturales y de la vilipendiada fuerza de trabajo de las naciones del Sur.

MAQUILADORAS DEL SUDOR

Para venderle el sueño de ser como el gran Michael, la Nike oferta a sus clientes por 200 dólares su versión XVll de las zapatillas Air Jordan. El calzado deportivo es fabricado en Indonesia principalmente por niños que laboran 12 horas por apenas 1 dólar. La suma anual de los salarios de las fábricas Nike en Indonesia es inferior al contrato de publicidad que la firma tiene con el astro del baloncesto. Un trabajador indonesio de Nike necesitaría 44 000 años para ganar lo que Michael Jordan recibe en uno por su acuerdo publicitario con Nike.

Las fábricas de Reebok, Adidas y otras marcas son similares. En el distrito de Sialkot, Paquistán, se fabrican dos tercios de la producción mundial de balones cosidos a mano. Miles de niños desarrollan esta labor a cambio de míseros salarios y en humillantes condiciones.

OBJETOS DESECHABLES

En esta época donde nos dicen que consumir es ser, el emporio de supermercados Wal-Mart Stores recibe millones de clientes todos los días. Sus ingresos son tan notorios que ya en el 2001 Wal-Mart pasó a ser la empresa de mayor volumen de venta entre las principales 500 transnacionales. Sus más de 900 mil empleados tienen prohibido la afiliación a cualquier sindicato. Cuando a alguno se le ocurre la idea, pasa a ser un desempleado inmediato.

Los restaurantes Mc Donald's han llegado hasta los más inimaginables lugares con su comida desechable. Con ellos ha llegado también la esclavitud de sus trabajadores en todo el orbe:

laborar mucho y sin chistar. Para ellos no hay derecho a la sindicalización.

La difícil situación económica mundial ha puesto en peores condiciones a los trabajadores. Casi 2 millones de ellos quedaron en la calle el pasado año en los EE.UU. Las grandes aerolíneas norteamericanas recibieron más de 15 mil millones de dólares para enfrentar la crisis tras los acontecimientos del 11 de septiembre, pese a ello, más de 100 000 personas del sector aeronáutico fueron despedidos.

En México, la multinacional Canon Inc. decidió cerrar en mayo su fábrica de impresoras de inyección de tinta. Fueron cesanteados 417 trabajadores. La causa: reducir los costos. Canon mudará su fábrica hacia Tailandia donde podrá pagar menos salarios.

GENOCIDIO EN EL AMAZONAS

Cual los conquistadores españoles, que cambiaron a los indígenas el oro por espejitos, la petrolera italiana Agip Oil logró el permiso de las comunidades indígenas huaoraní de Ecuador para explorar su territorio y extraer crudo a cambio de entregar a las seis comunidades 50 kg de arroz e igual cantidad de azúcar, dos cubos de grasa, una bolsa de sal, un silbato de juez y dos balones de fútbol, 15 platos, 15 tazas y un armario con 200 dólares en medicinas, en una partida única.

Por la selva amazónica anda también la Texaco, repartiendo sus cuotas de muerte. En su área ecuatoriana han vertido miles de galones de petróleo en ríos como el Napo causando una alta contaminación. Los peces de los ríos y los animales terrestres han cambiado su hábitat ante las explosiones causadas por la petrolera. Texaco ha extraído en los últimos 25 años unos 1 300 millones de barriles de petróleo en la zona del Amazonas.

CONDENADOS AL OLVIDO

Los enfermos del Tercer Mundo no cuentan para las grandes transnacionales farmacéuticas. El mercado y la ganancia indican cuáles son las enfermedades que ameritan ser curadas y cuáles las que no merecen que la industria farmacéutica se interese por ellas. De 1 223 nuevos medicamentos puestos en circulación entre 1975 y 1997, solo 11 estaban dirigidos a las enfermedades tropicales. En su afán de lucro, las farmacéuticas ven como nada "rentable" el destinar fondo a enfermedades que si bien están bastante extendidas, atacan a poblaciones con escaso o ningún poder adquisitivo. La lógica irracional del mercado conduce a gastar millones de dólares en investigaciones para el Viagra, y cero centavos para nuevos tratamientos contra la malaria que mata anualmente casi 2 millones de personas.

VENDER EL SUEÑO AMERICANO

Estados Unidos llena los sueños del mundo con sus héroes, inundando las pantallas del planeta con las producciones de Hollywood y las televisoras con sus seriales "made in USA". Internet se ha sumado a esta cruzada tomando cuerpo de galería comercial o inmenso supermercado planetario, transformando a los medios en máquinas de vender productos y servicios predominantemente norteamericanos.

El clímax del poder de los medios y su mayor concentración en cada vez menos manos, lo fue la megafusión en febrero del 2000 entre American Online (AOL), líder mundial de Internet, y el conglomerado Time Warner, primer grupo de comunicación a escala planetaria. Así se reproducen los mismos mensajes a los más de mil millones de telespectadores que tienen el canal informativo CNN y el de películas HBO, a los 13 millones de abonados que tiene el Time Warner Cable, a los 120 millones de suscriptores de revistas y semanarios como Time, People, Fortune, Life, Spot Ilustrated; a los compradores de los más de mil millones de libros vendidos anualmente por Book of the Month Club, Time-Life y Warner Books, a los cientos de millones de cinéfilos que ven las películas y los dibujos animados de la Warner Bros, a los millones de melómanos que siguen a los más de mil artistas contratados por el Warner Music Group, o los más de 25 millones de internautas que pagan los servicios de AOL. Todo un imperio mediático en función de vender el "sueño americano", el principal producto de exportación de ese país.

Por cierto, AOL-Time Warner anda hoy en serios problemas, como lo está el propio sueño americano.

SE COMPRAN POLÍTICOS

Las grandes corporaciones multinacionales están prestas siempre a invertir en la compra de políticos que aseguren sus grandes intereses económicos. Los políticos del capital estan listos siempre para venderse al mejor postor.

Ronald Reagan fue un aporte de la General Electric al mundo político norteamericano. Reagan era un pésimo actor de cine cuando llegó a ser el presentador del Teatro de General Electric en NBC. La GE auspició la carrera política del vaquero californiano, organizándole conferencias de costa a costa de los Estados Unidos. Según el abogado Tom Turnipspeed, "Reagan era el charlatán político ideal para la filosofía corporativa de codicia ilimitada de EE.UU., que pone los beneficios por sobre la gente". En sus ocho años de gobierno, Reagan se encargó de ofrecerles una gigantesca ventaja fiscal a los ricos, reducir muchas regulaciones sanitarias y de seguridad para las empresas y propulsar un gigantesco aumento del presupuesto militar que benefició a los contratistas de la Defensa como General Electric.

Carl Lidner, el dueño de la transnacional Bananera Chiquita, donó más de 1,5 millones de dólares para la campaña presidencial de demócratas y republicanos en 1996. En pago, Lidner fue el primer invitado exclusivo de Clinton en profanar la habitación de Lincoln en la Casa Blanca. Pero más importante: Estados Unidos presentó ante la OMC un litigio, que ganó, contra el régimen bananero de la Unión Europea hacia los países del Caribe, lo cual afectaba las ganancias de Chiquita y otras bananeras norteamericanas. Favores se pagan.

La multinacional energética ENRON, nombre famoso en estos días, fue uno de los más generosos contribuyentes a los partidos políticos en la última década. El presidente Bush y su vice Richard Cheney fueron de los más agraciados receptores de las donaciones. Una vez desatado el escándalo por la quiebra de Enron se ha conocido que Cheney se reunió con altos ejecutivos de la corporación energética antes de que el ejecutivo le propusiera al Congreso una Ley de Energía que favorecía a las grandes empresas energéticas y petroleras.

EL VERDADERO PODER MUNDIAL

Fruto del injusto y desigual orden actual, el peso en la economía globalizada de las transnacionales es superior al de muchos estados. El volumen de ventas de la General Motors, por ejemplo, es superior al PIB de Dinamarca y el de Exxon Mobil supera al de Austria. Las 500 mayores empresas controlan más de dos tercios del comercio mundial. Las tres personas más ricas del mundo tienen activos superiores al Producto Nacional Bruto sumado de los 48 países más pobres. El mundo tiende a dividirse cada vez más entre ganadores y perdedores.

La globalizacion neoliberal ha venido a ser la dictadura económica mundial de unos pocos cientos de transnacionales. El poder tiene nombres clásicos como Agnelli o Rockefeller; nombres de familia como Guinnes, Ford o Philip y nombres de nuevos ricos como Gates, Soros o Ellison. Así se llaman los imperios del siglo XXl.

 

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