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Palestinos mostram conexão entre terror dos EUA e de Israel |
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Michael
R. Gordon e Douglas Frantz* Tradução
Imediata |
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A Autoridade Palestina preparou um relatório concluindo que os EUA não só forneceram um fluxo constante de armas ao governo Sharon, como também que esse governo promoveu uma escalada da violência contra a população civil nos territórios ocupados. O relatório também descreve uma série de ações políticas dos EUA que apoiaram o terrorismo de estado de Israel e protegeram esse país contra as sanções internacionais. O documento, "A Aliança USA-Sharon no Genocídio", vazou para a imprensa, embora segundo oficiais palestinos, isso não tenha sido divulgado por eles, visto que o relatório tinha somente propósitos internos. Apesar disso, a essência do relatório sugere uma inversão na atitude de aceitação inicial da autoridade palestina quanto a ter os EUA como "agentes honestos" e reflete suas dúvidas crescentes de que concessões significativas possam ser obtidas da aliança EUA-Sharon sem a intervenção de terceiras partes. O relatório observa o nítido contraste entre os recentes relatórios críticos e indignados sobre os supostos esforços palestinos recentes de obter armas, e o intenso fluxo de armas dos Estados Unidos para Israel. Os autores perguntam porque se parte do princípio que Israel tenha direito a autodefesa e segurança, enquanto que os palestinos não, e constatando o enorme desequilíbrio entre as forças militares, o relatório sugere que isso não só é injusto, como também conduz à intransigência israelense e encoraja o pronto recurso da violência extrema contra a parte mais fraca, praticamente desarmada. O quadro que segue, com dados retirados do relatório, lista algumas das transações de armamentos entre Israel e os EUA, durante a Intifada 2. Lista de transferência de armas selecionadas dos EUA a Israel durante a Intifada 2 (somente entre janeiro de 2001 a março de 2002) - Preço na data de transferência das armas: 24-1-01: 24 helicópteros UH-60L Black Hawk: $212 milhões 24-1-01: 60 Torpedos MK46 MOD 5: 3,4 milhões 24-1-01: 15 Helicópteros Cobra AH-1F: 5,2 milhões 6-2-01: várias ferramentas e suprimentos: 21 milhões 19-2-01: 9 Helicópteros de ataque Apache Longbow AH-64D e 1 upgrade de helicóptero 500 milhões 6-6-01: 160 motores F100-PW-229 300 milhões 7-6-01: mísseis AIM-120B AMRAAM 27 milhões 19-6-01: 50 aviões de caça de dois lugares F-161 2 bilhões 24-9-01: 48 mísseis AIM-120C-5, etc. não constantes da lista 21-12-01: 50 aviões F-16 1,3 bilhões 23-1-02: 30.000 rifles em excesso M16 rifles não listados 13-3-02: 102 pistolas M51A1 de 20mm Gatling para os F-15' 5,2 milhões [Compilado por Antifa Info-Bulletin, a partir de dados coletados pela Federation of American Scientists. Alguns dos preços estão, obviamente, cotados abaixo do preço de custo.] O documento ressalta que o Decreto EUA para o Controle de Exportação de Artma proíbe o fornecimento de armas a governos estrangeiros que as utilizam ofensivamente e/ou cometem violações contra os direitos humanos. Ele observa, contudo, que essa e outras leis foram violadas durante as repetidas invasões de Israel ao Líbano, e que continuam a ser violadas atualmente. O relatório reivindica que Israel recebeu suprimentos de armas em total desconsideração da lei durante cada administração sucessiva dos EUA. A pergunta feita: qual o significado de uma lei nos EUA? O relatório também pergunta: Como pode esse suprimento partidário que favorece a parte mais forte ser compatível seja quanto à paz seja com relação ao papel de "intermediário honesto" dos EUA? O relatório observa que a Quarta Convenção de Genebra proíbe a desapropriação e o confisco de propriedade palestina por Israel, e o estabelecimento intensivo de colônias levado a cabo até mesmo durante o processo de Oslo, e que portanto, tais ações de Israel são "crimes de guerra". Israel é signatário da Convenção e os EUA alegam apoiar esse tratado. O relatório aponta que os EUA e Israel se recusaram a participar de uma Conferência sobre a Convenção de Genebra, convocada no ano passado pela Suíça. O relatório conclui que a lei, doméstica e internacional, não teve qualquer impacto para controlar as transações entre os EUA e Israel, ou a atitude israelense. O relatório afirma que os EUA exercem seu poder de veto regularmente contra qualquer tentativa internacional de controle das desapropriações e dos ataques a civis promovidos por Israel, dando a Israel, na prática, carta branca para cometer crimes de guerra. Ele também reivindica que os EUA se recusam a permitir que monitores internacionais, e muito menos uma força militar internacional, proteja aquilo que o relatório alega serem vítimas principalmente civis de uma poderosa máquina militar. O relatório observa o grande contraste com o desempenho dos EUA em Kosovo, onde os EUA não ficaram satisfeitos com os monitores internacionais que impostos à Iugoslávia - e que apesar de sua insistência em removê-los, sob os protestos da Iugoslávia, para deixar livre o terreno para uma guerra de bombardeios e uma ocupação militar integral para proteger aquela população supostamente vitimizada. No caso de Israel e da Palestina, ao contrário, os Estados Unidos deferiram para Israel, nem mesmo permitindo a presença de monitores. O relatório observa também que os EUA justificam sua aliança e endosso à violência de Israel, aceitando a reivindicação de Israel de que enquanto os palestinos "terrorizam", Israel apenas "retalia". O relatório refuta esse argumento, afirmando que, se bem exista um processo de interação entre a violência de ambos os lados, é amplamente aceita a visão, junto à maioria das autoridades independentes, de que a ocupação, a discriminação, as expropriações, as demolições, as destituições a longo prazo são a causa primária da violência. Além disso, no processo de interação, a violência israelense é muito mais grave do que a palestina. O relatório observa que os israelenses torturaram sistematicamente os palestinos por décadas, e que a proporção de palestinos assassinados por Israel em confronto com os israelenses assassinados por palestinos tem sido superior a dez para um, durante esses vários anos. O relatório chama a atenção para o fato de que o número de pessoas assassinadas sob a gestão de Ariel Sharon em Sabra e Shatila foi superior ao número total de israelenses assassinados pela PLO para o período 1958-1981, segundo estimativas oficias israelenses. O relatório nota que sob o presidente George W. Bush, somente Arafat foi convocado para acabar com o "terrorismo", e que o fluxo de armas para Sharon continua, mesmo quando esse intensifica a violência contra a sociedade civil palestina nos territórios ocupados. O relatório sustenta que as "demandas" de Bush para que Israel se retire têm somente propósitos de relações públicas, e que elas não contêm o mínimo risco de redução da ajuda, e que mesmo os meios de comunicação ocidentais reconhecem que Bush está dando a Sharon mais tempo para matar e destruir. Em suas conclusões, o relatório afirma que a aliança entre os EUA e Sharon constitui uma ameaça de genocídio, e conclama a comunidade internacional para resistir e parar com a matança, a destruição e a ameaça. -------------------------------------- *Nota: Esse relatório imaginário é uma paródia do artigo de Michael R. Gordon publicado no New York Times no dia 12 de abril de 2002, "U.S. Gets Data Said to Connect Arafat to Terror" (EUA obtêm informações associando Arafat ao Terror) e do texto de Douglas Frantz publicado no New York Times no dia 5 de abril de 2002, "Israel Says Papers Prove Arafat Paid Terrorist" (Israel diz que documentos provam que Arafat pagou terrorista), os quais seguem a linha usual do NYT, com sua identificação tendenciosa dos "terroristas" e os generosos detalhes sobre o que os "documentos capturados" mostram com relação às conexões preferidas. A conexão dos oficiais, políticas e suprimentos de armas para o terrorismo israelense não é um assunto para Gordon ou Frantz porque para eles esse terrorismo não existe, e o apoio, apesar de violar um grande número de leis, assim como o consenso global, é aceito e homologado, não precisando de qualquer discussão explícita.
Palestinians Show Link Between The U.S. And Israeli Terror (New York Times, April 18, 2002--in case you missed this one, and it was pretty easy to miss (!), this is "passed on" by ZNet satire expert, Ed Herman.) by Michael R. Gordon and Douglas Frantz* April 30, 2002 The Palestinian authority has prepared a report showing that the United States has not only provided a steady stream of weapons to the Sharon government as that government stepped up its violence against civilians in the occupied territories, the report also describes a series of U.S. political actions that have supported Israeli state terrorism and protected it against any international sanctions. The document, "The U.S.-Sharon Alliance in Genocide," has been leaked to the press, although according to Palestinian officials this was not their doing as the report was for internal use only. Nevertheless, the substance of the report suggests a reversal in the Palestine authority's earlier acceptance of the United States as an "honest broker" and it reflects the Palestinians' growing doubts that meaningful concessions can be obtained from the U.S.-Sharon alliance without the intervention of third parties. The report notes the sharp contrast between the recent critical and indignant reports on alleged Palestinian efforts to obtain weapons, and the unremarked massive flow of arms from the United States to Israel. The authors ask why it is assumed that Israel has a right to self-defense and security but not the Palestinians, and, noting the enormous imbalance in military force, the report suggests that this is not only unfair, it also leads to Israeli intransigence and encourages the ready resort to extreme violence agains the weaker, virtually unarmed party. The table that follows, drawn from the report, lists some of the weapons transactions between Israel and the United States during Intifada 2. Selected U.S. Arms Transfers to Israel During Intifada 2 (Jan. 2001-March 2002 only) Date Arms Transferred Price 1-24-01: 24 UH-60L Black Hawk helicopters: $212 million 1-24-01: 60 MK46 MOD 5 Torpedos: 3.4 million 1-24-01: 15 AH-1F Cobra Helicopters: 5.2 million 2-6-01: miscellaneous tools and supplies: 21 million 2-19-01: 9 AH-64D Apache Longbow attack helicopters and 1 helicopter upgrade 500 million 6-6-01: 160 F100-PW-229 engines 300 million 6-7-01: AIM-120B AMRAAM missiles 27 million 6-19-01: 50 F-161 two seat fighters 2 billion 8-24-01: 48 AIM-120C-5 missiles, etc. not listed 12-21-01: 50 F-16 aircraft 1.3 billion 1-23-02: 30,000 excess M16 rifles not listed 3-13-02: 102 M51A1 20mm Gatling guns for F-15's 5.2 million [Compiled by Antifa Info-Bulletin from data collected by the Federation of American Scientists. Some of the prices are obviously below cost.] The document points out that the U.S. Arms Control Export Act prohibits the provision of weapons to foreign governments that use them offensively and/or to commit human rights violations. It notes, however, that this and other laws were violated during the repeated Israeli invasions of Lebanon, and they continue to be violated now. The report claims that Israel has been supplied with weapons in complete disregard of the law by each successive U.S. administration. The question is raised: What is the meaning of a law in the United States? The report also asks: How can this one- sided supply arrangement favoring the stronger party be compatible with either peace or an "honest broker" role for the United States? The report notes that the Fourth Geneva Convention prohibits Israeli dispossessions and seizures of Palestinian property, and the extensive settlements carried out even under the Oslo process, and that such Israeli actions are therefore "war crimes." Israel is a signatory to that Convention and the United States claims to support it. The report points to the U.S. and Israeli refusal to participate in a Conference on the Geneva Convention called this past year by the Swiss. The report concludes that the law, domestic or interntional, has no impact in controlling U.S. dealings with Israel or Israeli behavior. The report asserts that the United States regularly vetoes any international effort to control Israeli dispossessions and attacks on civilians, essentially giving Israel carte blanche to commit war crimes. It claims that the United States refuses to allow international monitors, let alone an international military force, to protect what the report alleges to be mainly civilian victims of a powerful military machine. The report notes the sharp contrast with the U.S. performance in Kosovo, where the United States was not satisfied with international monitors which it helped force upon Yugoslavia--although it eventually insisted on removing them, over Yugoslavia's protest, to clear the ground for a bombing war and full military occupation to protect that alleged victim population. In the case of Israel and Palestine, by contrast, the United States defers to Israel, and will not even permit monitors. The report notes also that the United States justifies its alliance and protection of Israeli violence by accepting Israel's claim that while the Palestinians "terrorize" the Israeli's only "retaliate." The report rebuts this, asserting that, apart from the fact that there is an interaction process between violence on the two sides, it is the accepted view of most independent authorities that Israel's long-term occupation, discrimination, expropriations, demolitions, and dispossessions are the root cause of the violence. Furthermore, in the interaction process, the Israeli violence is far more severe than that of the Palestinians. The report notes that the Israelis have engaged in systematic torture of Palestinians for decades, and that the ratio of Palestinians killed by Israel to Israelis killed by Palestinians has been greater than ten to one over many years. The report notes that the number killed under Ariel Sharon's management at Sabra and Shatila was far greater than the total number of Israelis killed by the PLO from 1958-1981 according to official Israeli estimates. The report claims that under President George W. Bush, only Arafat has been called on to stop "terrorism," and arms continue to flow to Sharon, even as he steps up his violence against the Palestinian civil society in the occupied territories. The report contends that the Bush "demands" for Israeli pullbacks are clearly for public relations service only, containing not the slightest threat of aid reductions, let alone sanctions or bombing, and that even the Western news media recognize that Bush is giving Sharon more time to kill and destroy. In its conclusions, the report claims that the unholy alliance between the United States and Sharon is threatening genocide, and it calls upon the international community to resist and stop this killing, destruction, and threat. -------------------------------------- *Note: This imagined report is a parody of Michael R. Gordon's NYT article of April 12, 2002, "U.S. Gets Data Said to Connect Arafat to Terror," and Douglas Frantz's NYT piece of April 5, 2002, "Israel Says Papers Prove Arafat Paid Terrorist," which give the usual NYT line, with its biased identification of the "terrorists" and generous details on what the "captured documents" show on the preferred linkages. The linkage of U.S. officials, policies, and arms supply to Israel's terrorism is not a subject for Gordon or Frantz because there is no such terrorism and the support, though it may be violating endless laws and a global consensus, is accepted and normalized, needing no explicit discussion.
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