3.000 em São Paulo contra a ALCA e o G-8

 

 


Redação Imediata, 20/07/01

Em São Paulo a manifestação anti-G8, conclamada pelo Fórum Social de São Paulo, reuniu cerca de 3.000 pessoas na avenida Paulista e desceu até atingir o consulado geral dos EUA, incrustado na região nobre dos Jardins.

Vigiados pela polícia, que se limitou a escoltar a manifestação, jovens anarquistas e punks abriram a passeata, seguida pelo carro de som da CUT, e pelos membros da UNE, Movimento dos Sem Terra, Movimento dos Sem Teto, ATTAC Brasil e estudantes. João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) capitaneou o bloco do MST.

Ciclistas e skatistas aderiram à manifestação, que paralisou a região central de São Paulo. Adesões de muitos moradores de prédios da Paulista animaram a passeata, que assustou comerciantes que cerraram as portas das lojas e restaurantes.

O ineditismo da manifestação está no fato ter saído do eixo da avenida Paulista e ter enveredado pela região dos jardins através da alameda Pe. João Manuel. Diante do prédio do consulado geral dos EUA, devidamente evacuado por medida de segurança, os militantes anarquistas queimaram uma bandeira dos EUA e imensas notas de cinqüenta dólares com a efígie de George Bush. Além dos slogans "O povo unido não precisa de partido" (versão anarquista) ou "o povo unido jamais será vencido (versão da CUT e PC do B), todos cantaram o hino nacional com algumas estrofes substituídas pelo nome de empresas multinacionais. Das janelas dos prédios da alameda alguns olhares assustados, mas outros demonstrando enorme vontade de descer e participar da festa.

Por volta das 14:30 chegou a notícia da morte do jovem Carlo Giuliani durante as manifestações em Gênova. Não houve tempo para um momento de silêncio, já que a passeata estava dispersa.

 

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