"RAFI" VIRA "ETC" MANTENDO AÇÃO PELA BIODIVERSIDADE
O grupo ETC trabalha em parceria com organizações da sociedade civil, promovendo a autoconfiança cooperativa e sustentável no interior de sociedades em desvantagem, fornecendo informações e análises das tendências e alternativas socioeconômicas e tecnológicas. Esse tipo de trabalho requer ações conjuntas nos vários fóruns: na comunidade, e em nível regional e global. A força
do grupo ETC está na pesquisa e análise de informações
tecnológicas (especialmente, mas não exclusivamente os recursos
genéticos das plantas, as biotecnologias e [em geral] a diversidade
biológica), e no desenvolvimento de opções estratégicas
relacionadas às ramificações socioeconômicas
das novas tecnologias. "A Nova Agenda da genômica Um Epílogo Político ao Livro da Vida: Atualização sobre as Multinacionais Farmacêuticas e o Genoma Humano", pode ser encontrado em sua versão integral no website do ETC: http://www.etcgroup.org/article.asp?newsid=249 Traduzimos abaixo alguns dos seus tópicos principais. Clonagem um cordeiro com pele de lobo? A nova agenda da genômica revela pouco interesse pela clonagem humana. Desde que o carneiro "Dolly" apareceu em nossas telas de TV, quase cinco anos atrás, as preocupações do público com engenharia genética na medicina tem se dirigido às implicações morais e técnicas sobre o que as companhias farmacêuticas têm considerado como o seu pequeno nicho de mercado. Enquanto isso, avanços no mapeamento do genoma humano têm desovado mercados amplamente mais lucrativos, muito mais imediatos e menos controversos do que a clonagem ou a pesquisa de células-tronco. As empresas têm uma agenda para a genômica completamente nova. genômica da entreperna ao crânio: a nova agenda da genômica engloba desde a reprodução humana às manipulações neurais da entreperna ao crânio. Particularmente preocupantes são os novos HyPES remédios para Melhoria do Desempenho Humano, que têm o objetivo de melhorar o desempenho de indivíduos em todas as áreas da vida. Todavia, as mesmas tecnologias HyPE que podem melhorar as capacidades humanas, também poderiam ser manipuladas para conseguir o efeito inverso, em inimigos ou dissidentes civis. Que posição deve ser tomada pelos governos e ativistas, neste ambiente político modificado? Prática
de alvo: a nova agenda da genômica tem como alvo os diferentes e os dissidentes.
Povos indígenas de regiões remotas constituem um alvo porque
suas linhas de células podem conter variações patenteáveis
que poderiam ser usadas para diagnosticar ou "curar" desordens
genéticas. Similarmente, populações com doenças
ou deficiências são vistas pelo setor seja como "cura"
seja como "clientes". A variação genética
dessas populações deve ser estudada para produzir-se terapias
genéticas comerciais, e esses mesmos grupos "diferentes"
ou seus progenitores são também os consumidores
finais da pesquisa. Os pobres também são alvo da pesquisa.
Empresas de genômica têm se concentrado em populações
da China, por exemplo, porque são política e economicamente
fracas para oferecer resistência. Como sempre, são as mulheres
de grupos com deficiências o foco primário para estudo e
experimentação. O Comunicado fornece uma série de exemplos de pesquisas de companhias em curso, com relação aos HyPEs e suas aplicações militares. Os HyPEs podem ser usados para amansar as tropas ou incapacitar o inimigo. Muitos dos novos desenvolvimentos em genômica e neurociências são classificados na categoria de "armas não-letais", que poderiam ser usadas para pacificar protestantes e manter o controle das massas em momentos de agitação urbana. É necessário que a ONU tome uma ação: até o presente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem se esquivado dessas questões. A Assembléia da OMS tem enveredado pelo caminho cansado e batido de condenar a clonagem reprodutiva, mas tem falhado em investigar todo o horizonte das novas tecnologias da genômica. Além disso, a Convenção para a Diversidade Biológica ainda não foi capaz de resolver os problemas irresolutos que surgiram durante a Conferência do Rio de Janeiro, quase dez anos depois, com relação à colocação política da diversidade genética humana. Embora a UNESCO tenha adotado uma fraca Declaração do Genoma Humano e Direitos Humanos em 1997, o documento não aborda questões importantes como a propriedade intelectual, além de ser o lugar errado para a elaboração de um documento tão importante. O documento deveria ser transferido para a Comissão de Direitos Humanos da ONU e desenvolvido em uma convenção com força de lei. Por cinco anos, as preocupações relativas à engenharia genética têm estado centradas nas colheitas e alimentos GM. Contudo, os avanços no mapeamento do genoma humano têm desovado novas oportunidades para o setor farmacêutico. Enquanto as perspectivas para a clonagem humana e as terapias baseadas nas células-tronco ocupam as manchetes e desviam a nossa atenção, as empresas estão em busca de agendas mais estratégicas. Embora a maioria se oponha à clonagem reprodutiva, a opinião e a política públicas tem sido bastante brandas. O mais recente e lucrativo mercado para o setor consiste nos chamados HyPEs: Human Performance Enhancement drugs, ou seja, remédios ou medicamentos para a Melhoria do Desempenho Humano que nem sequer fazem parte da agenda política. O presente número do Comunicado do ETC examina os últimos desenvolvimentos, assim como quem será mais afetado.
Referências ETC: http://www.etcgroup.org/about_staff.asp Biodiversidade Ambiental
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