>> CINCO MINUTOS COM DARIO FO NOS FALANDO DA CRISE

A CRISE SEGUNDO DARIO FO

Dario Fo ci racconta la crisi


Resumo traduzido da fala de Dario Fo
Tradução da transcrição resumida: Mario S. Mieli


Mas o que é a crise?
De onde vem ela? Somos nós os culpados?
Fizemos alguma coisa errada? Exageramos com nossos pensamentos? E isso talvez seja deletério?
De onde vem essa crise?
Li num livro interessante… não lembro o nome do autor… que

Nada foi casual. Não teve qualquer erro da parte de quem determinou essa crise. Alguém a quis. Com uma técnica extraordinária…..

Tudo o que aconteceu foi querido por grupos de poder, por organizações que têm nas mãos os movimentos bancários, os empréstimos, os grandes negócios, o andamento e o ritmo de toda a vida não só de uma nação ou outra…. além de várias nações que contribuíram… e os EUA sendo a nação mais importante com um volume de negócios enorme, é o centro dessas situações.

Houve quem gritou: são delinquentes! Fazer todos esses jogos de ficção, módulos que não têm qualquer valor, dinheiro falso, entrar de pés atados, apostar no desastre, justamente jogar no que é exclusivamente o desastre para ter lucros, lucros que provocam desastre… parece piada… mas é mesmo assim.

Estamos com pessoas que… se houvesse uma justiça, um inquérito conduzido por juízes de valor e poder, e homens políticos dispostos a limpar quem criou isso tudo… muita gente estaria na cadeia. Mas é mais uma vez um paradoxo.

E os jovens dizem: é o maior embuste que vocês poderiam nos ter feito…

E daqui chegou a queda total…. o Berlusconi, que se retira… para o bem da Itália… Mas que generosidade… deveríamos agradecê-lo… Imaginem só: ele perde o poder para nos fazer um favor…

O discurso fica ainda mais cínico quando percebemos que a crise, que foi, como já dissemos, PROGRAMADA, leva ao desespero os mais pobres. Enquanto, por outro lado, os ricos, mas os PODRES DE RICOS, os riquíssimos, aqueles que têm em mãos o poder definitivo, tiveram vantagens incalculáveis…

… Como aquele construtor que durante o terremoto em L’Aquila, gritava a outro amigo construtor: “Oxalá tivéssemos muitos desastres, terremotos desses. São o nosso favor, nosso prazer, nossa riqueza !!!”

E assim vamos levando…

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